Timidez: você nunca se verá livre dela se não ler esse texto

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*Por Prof. Nelson Gonçalves

A timidez e a vergonha atrapalham consideravelmente a vida profissional e socioafetiva das pessoas. E digo isso por experiência própria, por ter sofrido muito na minha infância e adolescência. Hoje posso dizer que sou um ex-tímido, pois há muito tempo estou limpo dessa droga.

Brincadeiras a parte, considero a timidez como uma droga sim, pois ela dá margem para várias situações desagradáveis em nossas vidas. Uma delas são as pessoas que se aproveitam de nós, pois sabem que não conseguimos dizer não. Cansei de deixar minhas coisas de lado para atender aos outros, mesmo que aquilo não estivesse me agradando. Mas, por que permitimos isso? Porque no fundo, todo tímido quer ser aceito e acaba se anulando para corresponder às expectativas das pessoas. Começam a fazer “tipo” para serem o que não são.

Hoje eu tenho três profissões: sou professor universitário, palestrante e palhaço profissional. Pode parecer estranho, mas fui ser palhaço porque me disseram que esse curso iria me ajudar a livrar-me da timidez. Chegando lá, encontrei atores, atrizes, palhaços amadores... e eu, que não fazia ideia do que estava fazendo lá. Mas, acredite, na primeira aula já entendi o segredo da timidez – e de como livrar-se dela.

Em nosso primeiro encontro, o professor reuniu todos os alunos e foi chamando um a um para uma dinâmica. O desafio era subir ao palco, dizer seu nome e fazer algo que fosse naturalmente engraçado. Lembro-me de cada aluno que subiu ao palco antes de mim, pois conforme eles iam se apresentando, meu pavor ia aumentando. Quando o professor percebia que a pessoa forçava graça, pedia para o aluno retirar-se do palco. Isso só me fazia tremer ainda mais de desespero. Foi quando ouvi o professor chamar meu nome. Eu estava em estado de choque e confesso que não sei como consegui sair do lugar. Ao subir, minha vontade era de sair correndo, pois aquele monte de gente me olhando era assustador. Eu fiquei parado, sem fazer nada, com cara de pânico, e de repente algo inesperado aconteceu: as pessoas começaram a rir de mim. Quando eu achei que aquilo fosse o fim, o professor pergunta: “Nelson, no que você é naturalmente engraçado?”. Gaguejando, respondi: “Professor, desculpe, mas eu não sou nada engraçado”. E foi então que toda a plateia começou a gargalhar de mim. Eu não estava entendendo nada, e o professor, ao ver aquilo tudo, olhou nos meus olhos e disse: “Então, Nelson, você é um palhaço, porque palhaços não precisam fazer força para serem engraçados, e você acabou de mostrar um exemplo disso aqui para nós!”.

Depois disso, a timidez e a vergonha começaram a ser meras lembranças em minha vida. Ainda nesse curso, aprendi que a menor máscara do teatro é o nariz de palhaço, pois ao colocar aquela bola vermelha no nariz, você traz para fora o ser humano que existe dentro de você, então, ser palhaço é ser você na essência.

Foi aí que vi o quanto somos orgulhosos e vaidosos. Afinal, você já reparou quando a vergonha aparece em nós? Geralmente quando somos solicitados a fazer algo que não dominamos. Dessa forma, ficamos com medo do nosso desempenho, com medo de falhar, porque isso nos faria parecer ridículos e não admitimos isso. Todos nós gostamos de parecer espertos e sábios, porque assim ninguém tem motivo para falar mal da gente. Então, a vergonha nada mais é do que a doença do pretencioso, do vaidoso, ou seja, a doença daquele que quer chamar atenção. No fundo, todo tímido tem um desejo enorme de chamar a atenção, mas não o faz por medo.

Por isso, muitas pessoas tímidas são revoltadas, pois não sabem lidar bem com o fato de terem que se anular para serem aceitas e, assim, não serem ou fazerem aquilo que queriam de verdade. Assim, acabam se tornando pessoas rancorosas e, às vezes, até mesmo perigosas.

Mas, nem tudo está perdido. Algumas atitudes me ajudaram muito nesse processo e tenho certeza de que ajudarão você também. Vamos a elas?

1- Seja honesto consigo mesmo. Não se engane. Viva a vida real e não aquela que esperam de você;

2- Não dê poder aos outros. Não se sinta inferior e nem se faça de vítima ou coitado;

3- Viva o presente. Não se concentre apenas no que você poderá vir a ser entre as pessoas. A única certeza que temos na vida é a do hoje;

4- Se aceite. Seja você mesmo. Quanto mais natural você for, mais probabilidade terá de aproximar as pessoas por afinidade e não por fingimento ou interesse;

5- Saiba dizer não. Eu digo que essa dica é uma das principais. Se você não se sentir confortável em fazer algo para alguém, simplesmente não faça. Você verá como dizer não é transformador;

6- Por último, e mais importante, SE AME E SEJA VERDADEIRO CONSIGO MESMO. Essas duas atitudes são a cura para toda e qualquer vergonha.

Bora ser feliz?
Última atualização em Ter, 25 de Setembro de 2018 19:12
 

Brasil e União Europeia divulgam pesquisa sobre desperdício

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Desperdício de alimentos preocupa a FAO e o governo brasileiro (Foto: EBC)

 


Estudo, que será apresentado em seminário em Brasília, faz parte de projeto no âmbito dos Diálogos Setoriais cujo objetivo é estimular políticas públicas para a redução das perdas e desperdício de alimentos 

No próximo dia 20 de setembro acontece o “Seminário Internacional União Europeia – Brasil Perdas e Desperdício de Alimentos em Cadeias Agroalimentares: Oportunidades para Políticas Públicas”, na Sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília. Durante o evento, serão divulgados dados de pesquisa inédita sobre hábitos de consumo de alimentos e desperdício em famílias. Foram ouvidos aproximadamente 1700 consumidores de todas as regiões brasileiras.

A pesquisa faz parte de projeto liderado pela Embrapa nos Diálogos Setoriais União Europeia - Brasil.  A ação de cooperação sobre o combate ao desperdício alimentar, financiada pela União Europeia, aproximou o Governo Brasileiro, Embrapa, Ministério do Desenvolvimento Social e WWF Brasil, com as respectivas contrapartes de vários países Europeus, como Bélgica, Dinamarca, França, Reino Unido e Suécia. “Estes contatos, trocas de experiências e agora mais recentemente esse estudo com as famílias brasileiras prospectam significativos avanços para a definição de melhores políticas públicas, estratégias e ações práticas no âmbito do combate ao desperdício alimentar”, afirma o embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho.

O primeiro bloco do Seminário está dedicado à apresentação dos resultados sobre perdas e desperdício em cadeias agroalimentares, incluindo, além do estudo sobre hábitos familiares de consumo e desperdício de alimentos, pesquisa da Fundação Getulio Vargas sobre perdas realizada com grandes e pequenos produtores de hortifrúti do cinturão verde de São Paulo. Políticas públicas para a sustentabilidade da cadeia agroalimentar e redução das perdas e desperdícios de alimentos serão abordadas no segundo bloco por pesquisadores e agentes públicos da Inglaterra, Suécia e Brasil.



Serviço
 
Seminário Internacional União Europeia – Brasil Perdas e Desperdício de Alimentos em Cadeias Agroalimentares: Oportunidades para Políticas Públicas
Data: 20 de setembro
Horário: das 8h30 às 13h
Local: Embrapa - Final da Asa Norte, Auditório do Bloco D, Brasília (DF)
Mais informações:
(61) 99615-8713 ou Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Última atualização em Ter, 18 de Setembro de 2018 13:09
 

Parentes: Rogério Ferrari retrata os povos indígenas da Bahia

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Em seu novo livro, o fotógrafo Rogério Ferrari mostra registros de
povos indígenas na Bahia

Parentes é o volume mais recente da obra que o fotógrafo e antropólogo Rogério Ferrari vem compondo no âmbito do projeto Existências-Resistências, desenvolvido desde 2002 com o propósito de retratar a luta de povos e movimentos sociais por terra e autodeterminação. O livro, que será lançado no próximo dia 21/9, às 19h, na RV Cultura e Arte, é um registro de povos indígenas na Bahia e resulta da itinerância do fotógrafo, que percorreu diferentes regiões do estado para mostrar “a face, para muitos desconhecida, dos nossos parentes”. 

Ferrari explica que Parentes “é um trabalho no âmbito do que venho fazendo através da fotografia: comunicar, informar, compartilhar”. O fotógrafo coloca em evidência “a diversidade, a permanência e resistência dos povos originários na Bahia”, revelando, em 64 imagens em preto e branco, a “face” dos Pataxó, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá, Pankaru, Pankararé, Tuxá, Atikun, Kaimbé, Tumbalalá, Kiriri, Kantaturé, Tuxi, Kariri-Xocó e Truká. Neste sentido, o livro torna-se lugar de encontro – ou reencontro – entre o leitor e esses parentes, pois, para o autor, “através dos retratos pode sugerir um autoreconhecimento coletivo e a reiteração de uma identidade negligenciada”. 

Por meio da publicação, o fotógrafo compartilha seu encontro pessoal com muitos parentes. As fotografias são recortes de suas vivências com comunidades indígenas de Santa Cruz Cabrália, Pau Brasil, Itaju do Colônia, Porto Seguro, Buerarema, Ilhéus, Olivença, Paulo Afonso, Curaçá, Euclides da Cunha, Banzaê, Ibotirama, Rodelas, Quijingue, Glória e Abaré, entre outros municípios baianos. O livro, que tem patrocínio do Fundo de Cultura (Secult-Ba), traz um mapa localizando cada comunidade contemplada no projeto.

Parentes reúne ainda textos essenciais que amplificam o diálogo proposto por Rogério Ferrari com o leitor, como o do pataxó Genilson Tacuari, que assina o posfácio. O volume conta com contribuições importantes de pesquisadores do Programa de Pesquisas sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro, como a de sua coordenadora, a antropóloga Maria do Rosário Carvalho, professora da Universidade Federal da Bahia – UFBA, que prefacia a obra. Já o antropólogo José Augusto Laranjeiras Sampaio, professor da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, pesquisador associado do mesmo programa, faz uma análise sobre a condição das terras indígenas na Bahia. Ferrari, que é mestre em Antropologia, também escreve sobre os povos retratados, partilhando suas impressões e buscando, desse modo, contribuir para tornar mais próximos esses nossos parentes. 

Sobre o autor – Fotógrafo independente, Rogério Ferrari (1965-) é baiano de Ipiaú e vem retratando povos de várias partes do mundo que resistem para existir. Ele assina uma obra singular que chega agora ao seu sétimo volume (Parentes), e se inscreve no âmbito do projeto Existências-Resistências, que, através de suas publicações, de debates e exposições fotográficas tem evidenciado as lutas dos palestinos que vivem sob a violenta ocupação israelense; do povo curdo, na parte da região ocupada pela Turquia; os Zapatistas, no México; o Movimento dos Sem-Terra, no Brasil; os refugiados palestinos, no Líbano e na Jordânia; os refugiados Saarauís, no deserto do Saara e nos territórios ocupados pelo Marrocos; os Mapuche, no Chile; os ciganos, na Bahia; e os índios Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. 

Trata-se de uma trajetória incomum, marcada tanto pela documentação de eventos históricos, a exemplo da queda do Muro de Berlim (1989) e a invasão da Palestina pelo Exército de Israel (2002), como também por encontros com figuras lendárias, como o então líder da OLP (Organização pela Libertação Palestina), Yasser Arafat, e o subcomandante Marcos (hoje, subcomandante Galeano), porta-voz do Exército Zapatista de Libertação Nacional. Parentes, livro que lança em 2018, reflete seu olhar singular focado na perspectiva daqueles que retrata, contrapondo-se às informações difundidas na mídia. Nesta publicação, o fotógrafo permanece reativo à tendência de espetacularização da tragédia humana, reafirmando um posicionamento movido por seus ideais políticos. 

Com argumentos sólidos, sua obra publicizada já tem inscrições no campo cinematográfico, através do curta-metragem Muros, de Camele Queiroz e Fabricio Ramos, e no âmbito da pesquisa acadêmica como tema de artigos e dissertações: Nosoutros, Os Ciganos. Entre o Estigma e a Resistência (2016), defendida por Rogério Ferrari, no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFBA; e “O que faria com aquilo que entrava pelos meus olhos?” – Gesto e poética na fotografia de Rogério Ferrari (2016), defendida por Cássia Nunes, para obtenção do grau de Mestre, no Programa de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFBA). 


Serviço

Parentes, de Rogério Ferrari

Edição do autor, 2018

140 páginas

R$ 70,00

Última atualização em Ter, 18 de Setembro de 2018 13:01
 

Pedido de casamento ao vivo foi o momento Emmy Awards 2018

As séries mais comentadas da noite foram “Game of Thrones” e “The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story”

 

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 A mente criativa por trás de Games of Thrones, George RR Martin (Foto Gif: LIVE NBC)


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a cerimônia de entrega dos Emmy Awards (@TheEmmys) movimentou o Twitter em todo o mundo ontem (17) à noite não apenas pelas premiações, mas também por uma situação inusitada. O pico das conversas sobre o evento na plataforma aconteceu no momento que Glenn Weiss, diretor do Oscar deste ano, pediu sua namorada, Jan Svendsen, em casamento, ao vivo, no palco. Ela aceitou.

O segundo momento mais comentado sobre o #Emmys2018 na plataforma globalmente aconteceu quando Peter Dinklage recebeu o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante em Série Dramática. O terceiro maior pico ocorreu no momento da entrega do troféu de Melhor Ator Coadjuvante em Série Dramática para Matthew Rys. Além disso, os prêmios de Regina King (@ReginaKing) como Melhor Atriz em Série Limitada ou Filme para TV; e “Game of Thrones” (@GameOfThrones) como Melhor Série de Drama foram protagonistas do quarto e quinto pico de comentários sobre o evento.

Entre as séries que disputaram os prêmios, a mais comentada da noite foi “Game of Thrones”, com nove troféus. A segunda foi “The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story” (@ACSFX), seguida de “Maravilhosa Sra. Maisel” (@MaiselTV), “This Is Us” (@NBCThisisUs) e “The Crown” (@TheCrownNetflix).

As celebridades mais comentadas durante toda a noite foram Sandra Oh (@IamSandraOh), que levou os pais para o evento; Betty White (@BettyMWhite), que fez um discurso emocionante; Darren Chris (@DarrenCriss), vencedor por sua atuação na série  “The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story”; Peter Dinklage; e Claire Foy, premiada por “The Crown”. Já os destaques do Tapete Vermelho no Twitter foram as atrizes Jenifer Lewis (@JeniferLewis), Sandra Oh e Scarlett Johansson.

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Sandra Oh ficou famosa em Grey's Anatomy ganhou o Emmy de melhor atriz em série
dramática  por seu trabalho em "Killing Eve" (Foto Gif: LIVE NBC)

 

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Glenn Weiss a namorada Jan Svendsen com pedido de
casamento ao vivo (Foto: Getty Images)


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Tweet de celebridade com mais compartilhamentos no mundo durante a cerimônia foi uma “selfie” dos atores Henry Winkler (@hwinkler4real) e Ron Howard (@RealRonHoward) em comemoração ao trabalho que fizeram juntos na série “Dias Felizes”, em 1974. Em segundo lugar, as fotos que Justin Timberlake (@jtimberlake) publicou com sua esposa, Jessica Biel (@JessicaBiel), antes do #Emmys2018.

Última atualização em Ter, 18 de Setembro de 2018 11:52
 

Peyton List veste Vitor Zerbinato em evento internacional

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Peyton (Foto: Internet)

 

A atriz e modelo norte-americana, Peyton List, apareceu muito elegante em vestido desenhado pelo estilista brasileiro Vitor Zerbinato, em evento particular da Shiseido, marca de cosméticos japonesa.

O vestido de smoking com lantejoulas de ouro faz parte da coleção de inverno do designer.

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Sobre Vitor Zerbinato

A marca autoral de Vitor Zerbinato é conhecida pela elegância, o luxo com linhas assimétricas e a prévia das novas tendências em suas criações.  Com modelagem impecável, silhuetas requintadas e estamparia rica em cores, o estilista se tornou o favorito de diversas celebridades no Brasil e no mundo.

Com coleções exuberantes que combinam vestidos prontos para vestir com peças de alta costura, Vitor Zerbinato cria peças exclusivas com cores brilhantes, luxo e perfeição em todos os detalhes.

Vitor Zerbinato já vestiu diversas celebridades em tapetes vermelhos internacionais, como Sharon Stone, Felicity Huffman, Laverne Cox e outros grandes nomes.

Última atualização em Qua, 12 de Setembro de 2018 21:38
 

By Kamy apresenta exposição Manifesto Tramas das Artes

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Exposição coletiva com obras híbridas de ícones da arte contemporânea, protagonizada por uma discussão desbravadora sobre produções artísticas e o seu mercado esférico (Foto: Divulgação)

 

 

"A arte pode ser qualquer coisa desde que o artista diga que sim.". Icônica frase de Marcel Duchamp, artista francês tido como o mestre da ideia de ready made como objeto de arte, transportando com audácia elementos da vida cotidiana para o universo desbravador das artes. E desse intercâmbio de ideias surgiu a exposição coletiva Manifesto Tramas das Artes, promovida com muita expertise e alma avant-garde pela By Kamy até 15/09, em São Paulo. 


Sob a curadoria da psicóloga e escritora carioca Daniella Bauer, que reuniu peças de artistas consacré como Niobe Xandó, Gilvan Samico, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral, transportadas para tapeçarias e arazzos de artistas contemporâneos como Luisa Editore, Mónica Millán e Nicole Tomazi, que desenvolveram trabalhos exclusivos para o mesmo suporte, em um contexto híbrido totalmente novo. A exposição, que promove a transição entre o design têxtil e a arte contemporânea, mostra um novo ideal sobre a arte em uma sociedade volante e volúvel. 


Movida pela pergunta que não quer calar, o que é arte? Daniella mergulhou com maestria no universo único e particular de produções artísticas e em seu mercado esférico para trazer à tona essa resposta. "A arte é uma maneira de traduzir e manifestar o que compreendemos ou não, o que enxergamos, sentimos, tocamos, cheiramos, escutamos ou intuímos o que nos revolta, o que nos cala, o que precisa ser dito. Ela é acima de tudo um modo de quebrar paradigmas e estabelecer o novo.", expressa a curadora.


De acordo com Daniella, seria purismo crer que a arte possa simplesmente ser, pois nada é desprovido de significado. "Aquilo que é aparente está em constante transformação, portanto cabe aos artistas atribuírem significados, materializar a ideia, dar corpo ao que é etéreo. O mundo contemporâneo exige uma transfiguração constante e uma capacidade adaptativa inesgotável. Em consonância a isso, a By Kamy tenciona, unindo as duas artes, estabelecer um novo modelo que a princípio pode causar desconforto, mas indubitavelmente trará mudanças em acordo com o tempo atual.", explica Daniella.

 

Artistas

Niobe Xandó
Niobe Xandó descende de mineiros de Baependi e de fundadores das cidades paulista de Assis e Botucatu. Nasceu na antiga Vila da Boca do Sertão do Avanhandava, Capela de Nossa Senhora dos Campos Novos de Paranapanema e viveu a infância e a adolescência no interior do Estado, mudando-se para a capital em 1932. 


Em 1947 conheceu os pintores Takaoka, Newton Santana e Geraldo de Barros, quando frequentava o ateliê do artista e professor Raphael Galvez. Pensando inicialmente na escultura, foi incentivada por esse grupo a desenhar e a escrever algumas crônicas.


Entre 1948 e 1952 participou de mostras coletivas que já foram definindo e reforçando suas predileções pelo desenho e pela pintura. Sua primeira individual foi em 1953, na Livraria das Bandeiras.


Retornou à Europa em 1968, passando por Paris, Londres e Estocolmo, voltando ao Brasil em 1971. Nesse novo período europeu, criou um círculo de amizades e conhecimentos com os brasileiros que moravam nessas cidades, além de artistas e intelectuais locais, bem como daqueles que, de passagem por essas cidades, estiveram presentes em suas exposições. 


Entre 1972 e 1980 fixou-se em São Paulo, produzindo intensamente e, das suas viagens ao exterior, aquela que seria a última, levou-a a morar em Nova York por 6 meses, em duas ocasiões, em 1981 e 1983, depois retornando para São Paulo em definitivo.
No ano 2000 foi convidada para o módulo "Arte Afro-Brasileira" da "Mostra do Redescobrimento". Em 2001, com a mesma "Mostra", teve obras expostas no Convento das Mercês, em São Luís do Maranhão. Nesta atual mostra do MAM de São Paulo, pela primeira vez, comparece com obras dos períodos do Letrismo e do Mecanicismo, movimentos pouco conhecidos e discutidos. 


Teve uma grande retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2007, e uma mostra antológica, em 2008, no Museu Oscar Niemeyer de Curitiba. Com várias outras exposições coletivas após esse período teve a obra representada, no Repertório da SP-Arte, em 2017 e, na Galeria Berenice Arvani de São Paulo integrou a exposição sobre os artistas do grupo do crítico Theon Spanudis, em 2018.

Gilvan Samico
O pintor, desenhista e gravador Gilvan José de Meira Lins Samico (1928-2013) começou a sua carreira artística no início de 1950, quando era um membro da "Sociedade de Arte Moderna do Recife". Participou do "Atelier Coletivo" de Recife, movimento que buscava engrandecer a arte popular e a figura humana de Nordeste do Brasil. 

Samico estudou xilogravura com Lívio Abramo. Na Escola de Artesanato do MAM-SP em 1957 e no ano seguinte gravura com Oswaldo Goeldi na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. A partir dos anos 60, afastou-se do expressionismo de Goeldi para encontrar novos rumos. 

Por sugestão do multiartista Ariano Suassuna (1927-2014), voltou-se para os temas do Cordel, a arte dos panfletos vendidos na rua, em feiras, mercados e praças do Nordeste, que combinam três formas de arte: as narrativas poéticas, a xilogravura nas capas e a sonoridade de seus versos cantados, acompanhados por instrumentos como a viola o violino. Samico criou suas figuras e cenas fantásticas e míticas a partir das histórias de Cordel. 

Participa então da Bienal de Paris em 1961, e em 62 é premiado na 31ª Bienal de Veneza. No Rio de Janeiro também passa a ser premiado consecutivamente nos mais importantes eventos da cidade, recebendo em 1968 o prêmio do 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM) que o leva a permanecer por dois anos na Europa. 

Em seu retorno ao Brasil e a Pernambuco, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, do qual é um dos maiores expoentes. Nos anos 80 a 90 integra o Atelier Coletivo de Olinda, movimento liderado pelo mítico marchand Giuseppe Baccaro. 
Sua arte vai paulatinamente se afastando do Armorial, até encontrar nas suas últimas décadas expressão mais autoral, com base em lendas indígenas e do romanceiro popular. Em Olinda vive e produz até seu falecimento em razão de câncer em 2013.

Di Cavalcanti
Di Cavalcanti (1897-1976) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1897. Com 17 anos, já fazia ilustrações para a revista Fon-Fon. Em 1917, mudou-se para São Paulo, onde iniciou o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Neste mesmo ano, fez sua primeira individual para a revista "A Cigarra". 
Em 1919, ilustrou o livro "Carnaval" de Manuel Bandeira. Em 1922, idealizou junto com Mário de Andrade e Oswald de Andrade, a semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, onde elaborou a capa do catálogo e expôs 11 telas. 

Di Cavalcanti mudou-se para Paris, em 1923, como correspondente do jornal Correio da Manhã. De volta ao Brasil, em 1925, foi morar no Rio de Janeiro. Em 1932, fundou o Clube dos Artistas Modernos, junto com Flávio de Carvalho, Antônio Gomide e Carlos Prado. Em 1934, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Nesse mesmo ano mudou-se para a cidade do Recife. 

Simpatizante das ideias comunistas, foi perseguido pelo governo de Getúlio Vargas. Voltou para a Europa, onde permaneceu entre 1936 e 1940. O pintor adquiriu experiência expondo seus trabalhos em galerias de Bruxelas, Amsterdã, Paris, Londres, onde conheceu artistas como Picasso, Satie, Léger e Matisse. 

Em 1951, participou da Bienal de São Paulo e doou seus desenhos ao MAM- Museu de Arte Moderna. Em 1953, recebeu o prêmio de melhor pintor nacional, na II Bienal de São Paulo. Em 1954, O MAM do Rio de Janeiro fez uma retrospectiva de sua obra. 


Em 1955, publicou o livro "Memórias de Minha Vida". Em 1956, recebeu o prêmio da mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste, na Itália. Em 1958, elaborou a tapeçaria para o Palácio da Alvorada e pintou a Via Sacra da catedral de Brasília. 

Em 1971, expôs uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, morreu no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1976.

Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora modernista brasileira. Nasceu na Fazenda São Bernardo, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de família tradicional e rica estudou em São Paulo no Colégio de Freiras e no Colégio Sion. Completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus", aos 16 anos. 

Em 1916 começa a trabalhar no ateliê de William Zadig, escultor sueco radicado em São Paulo. Com ele aprende a fazer modelagem em barro. Em 1920 vai para Paris, onde estuda na Academia Julian, escola de pintura e escultura. 

Tarsila tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses em 1922. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do "Grupo dos Cinco", juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Embora não tenha sido participante da "Semana de 22" integra-se ao Modernismo. Volta à Europa em 1923 e mantem contato com os modernistas que lá se encontravam, são intelectuais, pintores, músicos e poetas. 

Inicia sua pintura "Pau-Brasil", dotadade cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1925 ilustra o livro "Pau-Brasil" de Oswald de Andrade. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Em 1928 pinta o "Abaporu" para dar de presente de aniversário para o seu marido Oswald de Andrade que se empolga com a tela e cria o "Movimento Antropofágico". 

Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel em São Paulo. Em 1933 pinta o quadro "Operários" e dá início à pintura social no Brasil.

No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. 
Nos anos 50 volta ao tema "Pau Brasil". Em 1951 participa da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte tem participação especial na XXXII Bienal de Veneza. 

Tarsila realiza em 1970, no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, uma retrospectiva, "Tarsila: 50 anos de Pintura". Recebeu o prêmio "Golfinho de Ouro", em 1971. Tarsila do Amaral faleceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.

Luisa Editore
Artista chilena radicada em São Paulo. Nasceu em Santiago, no Chile, em 1953. É graduada em Desenho Têxtil pela "Universidad de Chile".
 

Luisa Editore tem desenvolvido nos últimos anos uma linguagem ancorada no exercício da pintura e no crescente interesse por todas as etapas de produção dessa pintura. Cria imagens geométricas usando fita adesiva para demarcar os campos que receberão a tinta. 

O descarte posterior dessas fitas é usado em outros suportes como em colagens de cartões. Cria uma espécie de sistema, onde todo o material é aproveitado e aplicado. Compõe espaços por justaposição de linhas e grades, com deslocamentos modulados pelas espessuras das fitas adesivas. 

Apesar da sua natureza abstrata, percebemos referências à representação da arquitetura e ao automatismo dos processos da própria pintura. Expõe com frequência no Brasil e no exterior. É representada pela Galeria Oscar Cruz.

Mónica Millán
Mónica Millán nasceu em San Ignacio, Buenos Aires, Argentina em 1960. Completou seus estudos em desenho e pintura no Instituto Superior Antonio Ruiz de Montoya. Recebeu bolsas da Fundação Antorchas, do Fundo Nacional para as Artes, da Fundação Rockefeller e da Fundação Telefónica. 

Em 2000, obteve a bolsa Trama para participar de oficinas de análise e confronto de obras. A partir de 1997, coordenou curadorias e seminários de arte no nordeste da Argentina. 

Desde 2002, trabalha no Paraguai com uma vila de tecelões, assessorada pelo crítico de arte Ticio Escobar, fundador e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais de Assunção. 

Seu trabalho de recuperação, identificação e recriação de tecidos tradicionais permitiu-lhe gerar uma ligação muito fértil entre a criação artística, o artesanato popular e a linguagem plástica. 

Entre suas últimas exposições individuais destacam-se: El rio Bord(e)ado, Spanierman Modern Gallery, New York (2007) Llueve etc. Ela também participou das seguintes exposições coletivas: Pampa, ciudad y suburbio, Espacio Imago, Fundación OSDE, Buenos Aires (2007), Pintura sin pintura (2005), Centro Cultural de España CCEBA, Buenos Aires entre outras.

Nicole Tomazi
O forte vínculo com o território, a cultura local e a ancestralidade são a base de seu trabalho e da sua pesquisa pessoal. Atua unindo o design e a produção artesanal desde 2007, por meio do desenvolvimento de peças autorais na sua marca Oferenda Objetos. 

Seus produtos foram expostos internacionalmente no Salone Satellite (2010, 2012 e 2013) e Fuori Salone 2009 e 2015. 

Vencedora do Prêmio Planeta Casa 2012, finalista do Salone Satellite Award 2012 e 2013 e vencedora do Prêmio Bradesco Private Bank MADE de Design e Arte 2018, suas criações surgem de suas inquietudes e curiosidades. 

Mestre em Design com pesquisa voltada ao território e cultura, atualmente desenvolve projetos voltados ao design territorial, peças de autoprodução para sua marca e também projetos para indústrias nacionais.

Arazzos de Niobe Xandó.

"A arte pode ser qualquer coisa desde que o artista diga que sim.". Icônica frase de Marcel Duchamp, artista francês tido como o mestre da ideia de ready made como objeto de arte, transportando com audácia elementos da vida cotidiana para o universo desbravador das artes. E desse intercâmbio de ideias surgiu a exposição coletiva Manifesto Tramas das Artes, promovida com muita expertise e alma avant-garde pela By Kamy até 15/09, em São Paulo. 
Sob a curadoria da psicóloga e escritora carioca Daniella Bauer, que reuniu peças de artistas consacré como Niobe Xandó, Gilvan Samico, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral, transportadas para tapeçarias e arazzos de artistas contemporâneos como Luisa Editore, Mónica Millán e Nicole Tomazi, que desenvolveram trabalhos exclusivos para o mesmo suporte, em um contexto híbrido totalmente novo. A exposição, que promove a transição entre o design têxtil e a arte contemporânea, mostra um novo ideal sobre a arte em uma sociedade volante e volúvel. 
Movida pela pergunta que não quer calar, o que é arte? Daniella mergulhou com maestria no universo único e particular de produções artísticas e em seu mercado esférico para trazer à tona essa resposta. "A arte é uma maneira de traduzir e manifestar o que compreendemos ou não, o que enxergamos, sentimos, tocamos, cheiramos, escutamos ou intuímos o que nos revolta, o que nos cala, o que precisa ser dito. Ela é acima de tudo um modo de quebrar paradigmas e estabelecer o novo.", expressa a curadora.
De acordo com Daniella, seria purismo crer que a arte possa simplesmente ser, pois nada é desprovido de significado. "Aquilo que é aparente está em constante transformação, portanto cabe aos artistas atribuírem significados, materializar a ideia, dar corpo ao que é etéreo. O mundo contemporâneo exige uma transfiguração constante e uma capacidade adaptativa inesgotável. Em consonância a isso, a By Kamy tenciona, unindo as duas artes, estabelecer um novo modelo que a princípio pode causar desconforto, mas indubitavelmente trará mudanças em acordo com o tempo atual.", explica Daniella.

Artistas

Niobe Xandó
Niobe Xandó descende de mineiros de Baependi e de fundadores das cidades paulista de Assis e Botucatu. Nasceu na antiga Vila da Boca do Sertão do Avanhandava, Capela de Nossa Senhora dos Campos Novos de Paranapanema e viveu a infância e a adolescência no interior do Estado, mudando-se para a capital em 1932. 
Em 1947 conheceu os pintores Takaoka, Newton Santana e Geraldo de Barros, quando frequentava o ateliê do artista e professor Raphael Galvez. Pensando inicialmente na escultura, foi incentivada por esse grupo a desenhar e a escrever algumas crônicas.
Entre 1948 e 1952 participou de mostras coletivas que já foram definindo e reforçando suas predileções pelo desenho e pela pintura. Sua primeira individual foi em 1953, na Livraria das Bandeiras.
Retornou à Europa em 1968, passando por Paris, Londres e Estocolmo, voltando ao Brasil em 1971. Nesse novo período europeu, criou um círculo de amizades e conhecimentos com os brasileiros que moravam nessas cidades, além de artistas e intelectuais locais, bem como daqueles que, de passagem por essas cidades, estiveram presentes em suas exposições. 
Entre 1972 e 1980 fixou-se em São Paulo, produzindo intensamente e, das suas viagens ao exterior, aquela que seria a última, levou-a a morar em Nova York por 6 meses, em duas ocasiões, em 1981 e 1983, depois retornando para São Paulo em definitivo.
No ano 2000 foi convidada para o módulo "Arte Afro-Brasileira" da "Mostra do Redescobrimento". Em 2001, com a mesma "Mostra", teve obras expostas no Convento das Mercês, em São Luís do Maranhão. Nesta atual mostra do MAM de São Paulo, pela primeira vez, comparece com obras dos períodos do Letrismo e do Mecanicismo, movimentos pouco conhecidos e discutidos. 
Teve uma grande retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo em 2007, e uma mostra antológica, em 2008, no Museu Oscar Niemeyer de Curitiba. Com várias outras exposições coletivas após esse período teve a obra representada, no Repertório da SP-Arte, em 2017 e, na Galeria Berenice Arvani de São Paulo integrou a exposição sobre os artistas do grupo do crítico Theon Spanudis, em 2018.

Gilvan Samico
O pintor, desenhista e gravador Gilvan José de Meira Lins Samico (1928-2013) começou a sua carreira artística no início de 1950, quando era um membro da "Sociedade de Arte Moderna do Recife". Participou do "Atelier Coletivo" de Recife, movimento que buscava engrandecer a arte popular e a figura humana de Nordeste do Brasil. 
Samico estudou xilogravura com Lívio Abramo. Na Escola de Artesanato do MAM-SP em 1957 e no ano seguinte gravura com Oswaldo Goeldi na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro. A partir dos anos 60, afastou-se do expressionismo de Goeldi para encontrar novos rumos. 
Por sugestão do multiartista Ariano Suassuna (1927-2014), voltou-se para os temas do Cordel, a arte dos panfletos vendidos na rua, em feiras, mercados e praças do Nordeste, que combinam três formas de arte: as narrativas poéticas, a xilogravura nas capas e a sonoridade de seus versos cantados, acompanhados por instrumentos como a viola o violino. Samico criou suas figuras e cenas fantásticas e míticas a partir das histórias de Cordel. 
Participa então da Bienal de Paris em 1961, e em 62 é premiado na 31ª Bienal de Veneza. No Rio de Janeiro também passa a ser premiado consecutivamente nos mais importantes eventos da cidade, recebendo em 1968 o prêmio do 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM) que o leva a permanecer por dois anos na Europa. 
Em seu retorno ao Brasil e a Pernambuco, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, do qual é um dos maiores expoentes. Nos anos 80 a 90 integra o Atelier Coletivo de Olinda, movimento liderado pelo mítico marchand Giuseppe Baccaro. 
Sua arte vai paulatinamente se afastando do Armorial, até encontrar nas suas últimas décadas expressão mais autoral, com base em lendas indígenas e do romanceiro popular. Em Olinda vive e produz até seu falecimento em razão de câncer em 2013.

Di Cavalcanti
Di Cavalcanti (1897-1976) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de setembro de 1897. Com 17 anos, já fazia ilustrações para a revista Fon-Fon. Em 1917, mudou-se para São Paulo, onde iniciou o curso de Direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Neste mesmo ano, fez sua primeira individual para a revista "A Cigarra". 
Em 1919, ilustrou o livro "Carnaval" de Manuel Bandeira. Em 1922, idealizou junto com Mário de Andrade e Oswald de Andrade, a semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, onde elaborou a capa do catálogo e expôs 11 telas. 
Di Cavalcanti mudou-se para Paris, em 1923, como correspondente do jornal Correio da Manhã. De volta ao Brasil, em 1925, foi morar no Rio de Janeiro. Em 1932, fundou o Clube dos Artistas Modernos, junto com Flávio de Carvalho, Antônio Gomide e Carlos Prado. Em 1934, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro. Nesse mesmo ano mudou-se para a cidade do Recife. 
Simpatizante das ideias comunistas, foi perseguido pelo governo de Getúlio Vargas. Voltou para a Europa, onde permaneceu entre 1936 e 1940. O pintor adquiriu experiência expondo seus trabalhos em galerias de Bruxelas, Amsterdã, Paris, Londres, onde conheceu artistas como Picasso, Satie, Léger e Matisse. 
Em 1951, participou da Bienal de São Paulo e doou seus desenhos ao MAM- Museu de Arte Moderna. Em 1953, recebeu o prêmio de melhor pintor nacional, na II Bienal de São Paulo. Em 1954, O MAM do Rio de Janeiro fez uma retrospectiva de sua obra. 
Em 1955, publicou o livro "Memórias de Minha Vida". Em 1956, recebeu o prêmio da mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste, na Itália. Em 1958, elaborou a tapeçaria para o Palácio da Alvorada e pintou a Via Sacra da catedral de Brasília. 
Em 1971, expôs uma retrospectiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, morreu no Rio de Janeiro, no dia 26 de outubro de 1976.

Tarsila do Amaral
Tarsila do Amaral (1886-1973) foi uma pintora modernista brasileira. Nasceu na Fazenda São Bernardo, no município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de família tradicional e rica estudou em São Paulo no Colégio de Freiras e no Colégio Sion. Completa seus estudos em Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, "Sagrado Coração de Jesus", aos 16 anos. 
Em 1916 começa a trabalhar no ateliê de William Zadig, escultor sueco radicado em São Paulo. Com ele aprende a fazer modelagem em barro. Em 1920 vai para Paris, onde estuda na Academia Julian, escola de pintura e escultura. 
Tarsila tem uma tela sua admitida no Salão Oficial dos Artistas Franceses em 1922. Nesse mesmo ano regressa ao Brasil e se integra com os intelectuais do grupo modernista. Faz parte do "Grupo dos Cinco", juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia. Embora não tenha sido participante da "Semana de 22" integra-se ao Modernismo. Volta à Europa em 1923 e mantem contato com os modernistas que lá se encontravam, são intelectuais, pintores, músicos e poetas. 
Inicia sua pintura "Pau-Brasil", dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros. Em 1925 ilustra o livro "Pau-Brasil" de Oswald de Andrade. Em 1926 expõe em Paris, obtendo grande sucesso. Em 1928 pinta o "Abaporu" para dar de presente de aniversário para o seu marido Oswald de Andrade que se empolga com a tela e cria o "Movimento Antropofágico". 
Em 1929 expõe individualmente pela primeira vez no Brasil, no Palace Hotel em São Paulo. Em 1933 pinta o quadro "Operários" e dá início à pintura social no Brasil. No ano seguinte participa do I Salão Paulista de Belas Artes. 
Nos anos 50 volta ao tema "Pau Brasil". Em 1951 participa da I Bienal de São Paulo. Em 1963 tem uma sala especial na VII Bienal de São Paulo e no ano seguinte tem participação especial na XXXII Bienal de Veneza. 
Tarsila realiza em 1970, no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, uma retrospectiva, "Tarsila: 50 anos de Pintura". Recebeu o prêmio "Golfinho de Ouro", em 1971. Tarsila do Amaral faleceu em São Paulo, no dia 17 de janeiro de 1973.

Luisa Editore
Artista chilena radicada em São Paulo. Nasceu em Santiago, no Chile, em 1953. É graduada em Desenho Têxtil pela "Universidad de Chile". 
Luisa Editore tem desenvolvido nos últimos anos uma linguagem ancorada no exercício da pintura e no crescente interesse por todas as etapas de produção dessa pintura. Cria imagens geométricas usando fita adesiva para demarcar os campos que receberão a tinta. 
O descarte posterior dessas fitas é usado em outros suportes como em colagens de cartões. Cria uma espécie de sistema, onde todo o material é aproveitado e aplicado. Compõe espaços por justaposição de linhas e grades, com deslocamentos modulados pelas espessuras das fitas adesivas. 
Apesar da sua natureza abstrata, percebemos referências à representação da arquitetura e ao automatismo dos processos da própria pintura. Expõe com frequência no Brasil e no exterior. É representada pela Galeria Oscar Cruz.

Mónica Millán
Mónica Millán nasceu em San Ignacio, Buenos Aires, Argentina em 1960. Completou seus estudos em desenho e pintura no Instituto Superior Antonio Ruiz de Montoya. Recebeu bolsas da Fundação Antorchas, do Fundo Nacional para as Artes, da Fundação Rockefeller e da Fundação Telefónica. 
Em 2000, obteve a bolsa Trama para participar de oficinas de análise e confronto de obras. A partir de 1997, coordenou curadorias e seminários de arte no nordeste da Argentina. 
Desde 2002, trabalha no Paraguai com uma vila de tecelões, assessorada pelo crítico de arte Ticio Escobar, fundador e diretor do Museu de Arte Indígena do Centro de Artes Visuais de Assunção. 
Seu trabalho de recuperação, identificação e recriação de tecidos tradicionais permitiu-lhe gerar uma ligação muito fértil entre a criação artística, o artesanato popular e a linguagem plástica. 
Entre suas últimas exposições individuais destacam-se: El rio Bord(e)ado, Spanierman Modern Gallery, New York (2007) Llueve etc. Ela também participou das seguintes exposições coletivas: Pampa, ciudad y suburbio, Espacio Imago, Fundación OSDE, Buenos Aires (2007), Pintura sin pintura (2005), Centro Cultural de España CCEBA, Buenos Aires entre outras.

Nicole Tomazi
O forte vínculo com o território, a cultura local e a ancestralidade são a base de seu trabalho e da sua pesquisa pessoal. Atua unindo o design e a produção artesanal desde 2007, por meio do desenvolvimento de peças autorais na sua marca Oferenda Objetos. 
Seus produtos foram expostos internacionalmente no Salone Satellite (2010, 2012 e 2013) e Fuori Salone 2009 e 2015. 
Vencedora do Prêmio Planeta Casa 2012, finalista do Salone Satellite Award 2012 e 2013 e vencedora do Prêmio Bradesco Private Bank MADE de Design e Arte 2018, suas criações surgem de suas inquietudes e curiosidades. 
Mestre em Design com pesquisa voltada ao território e cultura, atualmente desenvolve projetos voltados ao design territorial, peças de autoprodução para sua marca e também projetos para indústrias nacionais.

Última atualização em Qua, 12 de Setembro de 2018 21:26
 


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