Casais

 

Relacionar-se com intimidade e parceria é possível e vale o investimento

Percebi, que até a algum tempo atrás, muitos casais buscavam terapia, apenas quando a situação estava insuportável. Em geral o motivo que os trazia a terapia, era para montar um octógono como nas lutas de vale tudo, para discutirem suas rotineiras e graves brigas, e, as vezes, buscavam auxilio para realizar uma separação mesmo... Pobre terapeuta... era eleito como juiz que decidiria quem estava certo, ou como um deus que conseguisse fazer com que a outra parte mudasse e aceitasse  o que o outro demandasse... É gente, ser terapeuta não é tão simples como muitos julgam...

Hoje as coisas mudaram um pouco, não estou dizendo que o que escrevi acima não acontece ainda, mas houveram mudanças sim, na parte social, na parte legal, no contexto e no interior das relações. A grande mudança e a mais importante, está ligada à mudança no entendimento do que é um casal e de quais são os motivos para estarem juntos.

Pode-se dizer hoje, que um casal é um par com uma relação afetiva, com intimidade e relação sexual, que tem projetos em comum... Esse par, pode morar junto ou não, ser ou não do mesmo sexo, ter filhos, ou não, entre muitas outras coisas de casal!

Hoje a proposta é acrescentar o que o casal precisa para viver bem, assim, trabalhamos  com o que a pessoa nos trás, individualmente e como casal para vermos o que precisamos fazer para tornar a vida mais funcional e prazerosa. Portanto vamos esquecer a ideia de “correto”, de “doença”, dos “culpados”, vamos sim buscar algo que possa melhorar a qualidade de vida do casal.

Algumas coisas que escrevo aprendi com a vivência, com a minha parceira, com o casamento de mais de 60 anos de meus avós, com o casamento de mais de 35 anos de meus pais e com outros relacionamentos que fracassaram e que por questões obvias não vou citar quem são aqui nessas linhas, outras coisas aprendi com meus pacientes, descobri que eles também tem muito a me ensinar, outras coisas aprendi em livros ou com colegas de profissão, aprendi até mesmo sentado na mesa de um bar, tomando um bom suco, pois não bebo, com meus amigos.

Quando o casal decide se casar, precisam ter a consciência de que estão formando um novo sistema de vida, que tem regras, funcionamento e definições especificas. Não vem ao caso se é um casamento legal ou se vão apenas viver juntos, não importa também,  se vão viver debaixo do mesmo teto ou em casas separadas, não importa que seus planos sejam de que isso dure para sempre ou se apenas pretendem ser companheiros em um trecho dessa caminhada, pouco importa se os dois estão envolvidos na mesma intensidade, ou se um quer e precisa mais que o outro. O que importa, é o carinho, é o amor, é a troca, é cumplicidade... nesse espaço que está sendo criado.

É um espaço do casal no sentido em que “é só deles”. Mesmo que existam pessoas próximas, existe uma definição de que não existe ligação, existe uma energia que envolve só esse casal. Quando existem interferências e invasões, estas influenciam a relação, “o mundo dos dois”.

Algo importante a se observar é o crescimento que a relação permite. O casal não é capaz de corresponder, nem satisfazer completamente o outro. Casa um construirá sua realidade de mundo de modo diferente, compreendendo os fatos, observando as situações, vendo com olhos diferentes. A compatibilidade entre essas construções individuais, será de grande valor para a qualidade e a “possibilidade” da relação. Se as visões de mundo forem muito diferentes isso pode inviabilizar essa construção dos projetos comuns, ou se pensarmos por outro lado, podem ser um convite à integração, às diversidades e às aprendizagens.

Se existirem tensões pelo casal ter opiniões diferentes, isso pode dar um sabor especial ao relacionamento, pode fazer com que a história dessa relação vire uma aventura, incomparável e única. Mesmo assim,  potencialidades evolutivas individuais não podem ser realizadas em uma relação a dois. Só se pode evoluir em um domínio tolerado pelo outro, para que continue sendo um casal. O grande desafio do casal, é estar constantemente negociando entre si e lutando juntos. Muitas vezes, encontrar uma saída exige um ato de criatividade. Se existir uma relação amorosa e criativa, essa sobreviverá aos momentos em que os indivíduos estão tentando fazer movimentos sozinhos, além de dar garantias que cada um vá adiante nas suas aprendizagens, sem que a relação se rompa. Se afastar e depois se aproximar pode trazer riscos, mas pode tornar vida a relação também.

Como diz meu avô: Rafael, nem sempre é fácil, nem sempre a gente pensa igual ou quer fazer as mesmas coisas, pelo contrário, as vezes é muito difícil, mas ser um casal, ser uma família é isso, é aceitar a pessoa como ela é e respeitá-la. Mas o fundamental é o amor, se não houver amor a gente não consegue seguir em frente... Olha que a velhinha não é fácil, mas à 60 anos, quando acordo, olho para o lado e agradeço a Deus, por ter ali a mulher que eu amo.

Eis aí a lucides de um velhinho muito fofo e que eu amo muito, que beirando os 90 anos ainda é capaz de me ensinar, de me passar sua sabedoria e de me surpreender cada dia mais... Querem conhecer uma verdadeira história de amor, dessas que parecem só existir em filmes? Procurem Seu Odayr Vicente Leitoles e a Dona Anita Bizinelli Leitoles, eles saberão lhes explicar como amar incondicionalmente muito melhor que eu, um simples psicólogo. Falo sério, é emocionante escutar eles contando como chegaram até aqui. Esses são meus avós, dos quais eu tanto me orgulho!!!

 

 

REMER - Terapia & Psicologia

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Rafael Leitoles Remer, Psicólogo CRP:08/09332

Auriculoterapeuta

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"O que você leva dessa vida,

é a vida que você leva..."

 
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