Estrela em "Segundo Sol", Luisa Arraes fala à Glamour de outubro sobre fama e seu namoro com Caio Blat

O QUE A MANU, DE SEGUNDO SOL, TROUXE PARA A SUA VIDA? Já tive algumas personagens fortes, mas esse é o primeiro grande papel que faço em uma novela. É o trabalho que mais me desafia e me torna independente. Um empurrão! E sabe o que é muito legal? A troca que a gente tem com atores já consagrados. Isso é lindo na nossa profissão. A gente trabalha de igual para igual com pessoas muito mais ou menos experientes. Me sinto privilegiada.

E APESAR DOS NOMES DE PESO, OS MAIS JOVENS ESTÃO SE DESTACANDO. Fico muito feliz por isso. É a terceira ou quarta parceria que faço com o Chay, por exemplo, então a gente bate uma bola incrível. Acho a Lele [Leticia Colin] um fenômeno, sempre admirei e quis trabalhar com ela, assim como com a Giovanna [Lancellotti]. É realmente muito legal estar no time da nova geração de craques.

COMO VOCÊ LIDA COM A FAMA? Taí uma parte que me incomoda, viu? Sou discreta e gosto de me misturar, mas aprendi a lidar. Nunca vou deixar de caminhar e sair por aí porque sou atriz. E sei que tem uma flexibilidade. Há oito meses isso não acontecia na minha vida. Agora, com a novela no ar, é muito intenso, mas sei que daqui um tempo vou deixar de ser reconhecida de novo. É preciso saber surfar na onda.

MAS NAMORAR O CAIO FAZ O CASAL ESTAR SEMPRE NA CRISTA DESSA ONDA? Brinco que ele é o primeiro famoso que namoro. Tem gente que sabe misturar bem a vida pessoal com os holofotes, mas eu não sou assim. Não gosto de expor meu lado família. Embora curta trabalhar com o Caio, não faço disso uma imagem. E o bom é que ele pensa igual, também é muito discreto.

POR OUTRO LADO, VOCÊ É SUPERMILITANTE NAS REDES SOCIAIS. Fico tão feliz quando me falam isso, sabia? Acho sensacional pessoas com voz, como a Bruna [Linzmeyer]. É importante não ficar calado e debater assuntos como a legalização do aborto ou política. A gente vive num país muito louco e retrógrado, com violência, machismo, racismo, então se a gente não usar esses amplificadores para o lado positivo, só vai sobrar o negativo. Eu, inclusive, gostaria de ser muito mais ativa e militante.

QUANDO SE ENTENDEU FEMINISTA? Um dia, aos 14 anos, estava na escola e um amigo perguntou: “Tem Einstein, tem Michelangelo, mas quem foram as mulheres que mudaram o mundo?”. E eu não sabia o que falar. Aí vi que tinha alguma coisa muito errada. Esta geração está numa vibe linda. As mulheres passam por situações que podem acatar ou pesquisar e combater. Eu não acatei. Acho que feminismo é uma questão de sobrevivência.

 
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