Cidade Fantasma no Alasca

A comunidade de Nikolski, no estado americano do Alasca, está passando por dificuldades. Como em muitas regiões rurais, a migração para centros urbanos aumentou muito. Jovens como Darren Krukoff preferem estudar em cidades maiores como Dutch Harbor. “Todos os meus amigos tinham partido. Tudo começou a mudar, eu não tinha mais nada para fazer”, lembra.

Localizada em uma das regiões mais remotas dos Estados Unidos, a vila no arquipélago das Ilhas Aleutas tem apenas 30 moradores e está à beira do colapso. Com poucos alunos matriculados, o governo planeja fechar a única escola e algumas famílias já pensam em mudar. “Chegamos a uma situação em que não podemos mais manter os professores”, diz Joe Beckford, superintendente educacional.

Pela lei do Alasca, é preciso ter pelo menos dez alunos para garantir uma escola pública funcionando. Este ano, a escola de Nikolski tem apenas nove. Beckford sugeriu a adoção de um curso de correspondência feito em casa. Muitos pais estão preocupados.

“Vai ser difícil. Eu já esqueci muita coisa”, afirma o pescador Greg Krukoff, pai de Alan. Yuki Laulualu tem cinco filhos e mudou com a família de Samoa para ajudar a manter a escola de Nikolski aberta. “Não é bom para os meus filhos estudarem em casa”, reclama.

Apesar de poucas perspectivas, o jovem Eric Willhite, de 13 anos, faz planos. “Meu sonho é ser piloto como o meu irmão”. O tio dele Scott Kerr não esconde a frustração. “É um ano crucial e as coisas não vão bem”, lamenta.

 

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Como em muitas localidades isoladas, a escola é importante para reunir a comunidade. Em todo o estado do Alasca já são 35 com risco de fechar. A situação na ilha de Nikolski deve piorar no próximo mês. Pelo menos três famílias planejam deixar a localidade. Se isso acontecer, Eric pode ser a única criança da vila.

Inf.New York Times

 
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