Os admiradores da atriz Meryl Streep, ao assistir o filme A Dama de Ferro (The Iron Lady) possivelmente podem constatar aquilo que é óbvio: é a atuação da atriz, como sempre brilhante, que faz o filme valer a pena.
Meryl Streep é a atriz com mais indicações ao oscar de melhor atriz da história. Na cerimônia do oscar 2012 (domingo, dia 25 de fevereiro), Meryl Streep recebeu o maior prêmio do cinema por sua atuação como Margareth Thatcher. Mais do que merecido.
O roteiro do filme não parece estar equilibrado com o desempenho da atriz. A história é cheia de altos e baixos e não foca nem no contexto político e nem na vida pessoal da personagem. Há cenas realmente interessantes, como a que Margareth Thatcher discursa pela primeira vez no parlamento britânico, ela sendo a única mulher no meio de dezenas de homens – visivelmente sendo julgada pelo simples fato de ser uma mulher “ousando” falar de igual para igual com eles. Mas são poucos os momentos em que a platéia pode se sentir brindada com a atuação de Meryl Streep nesse contexto político, pouco a pouco fazendo jus a alcunha de “dama de ferro”. A maior parte do filme apresenta a personagem já bem idosa, sofrendo alucinações com o marido morto. É pouco para uma personagem que poderia ser tão mais rica.
O maior acerto do filme, sem dúvida, foi a atriz. E se o roteiro do filme estivesse no mesmo nível que a performance de Meryl Streep, quem sabe o filme em geral também deixaria uma forte marca na história do cinema. Mas não. O filme será lembrado por que Meryl Streep estava nele, e não o contrário.
Em outras palavras, e aqui vai um trocadilho forçado, A Dama de Ferro é um filme que vale a pena assistir - mas só por causa da atriz de ouro. 

Programação do filme (Shopping Palladium): http://www.palladiumcuritiba.com.br/cinema/uci/22/a-dama-de-ferro.html

Equipe Acontece Curitiba