Conferimos “Copa de Elite”

Pegue um pouco de “Zorra Total”, um pouco de “Porta dos Fundos” e um pouco de “A Praça é Nossa” da igual ao filme “Copa de Elite” que estreia no próximo dia 17 de abril nos cinemas. Com produção da Glaz Entretenimento a paródia conta com atores, artistas e celebret’s com o mais puro e velho conhecido humor caricato brasileiro.


O filme é baseado em outros cinco filmes de sucesso no país: “Bruna Surfistinha”; “Se eu Fosse Você”; “Tropa de Elite”; “Minha Mãe é uma Peça” e “Meu Nome Não é Johnny”. A história é em torno do protagonista, vivido por Marcos Veras, o Capitão Jorge. Ele, um respeitado líder do BOP (escreve-se assim mesmo) comete um erro, salvou um argentino de um sequestro, só que esse argentino não é qualquer argentino, o Capitão acaba salvando o jogador Leonel Messi bem antes da Copa do Mundo começar, colocando em risco o desempenho da seleção brasileira no campeonato mundial. A credibilidade cai em poucos dias e o Capitão resolve se redimir perante a sociedade e ao batalhão tentando salvar o Papa Francisco, mas essa tarefa não é nada, nada fácil.


Sinceramente, eu ficaria somente com o trailer que foi muito bem editado. São exatamente as melhores partes do filme e são exatamente os núcleos que deveriam ser explorados nesta paródia. No início do filme foi supimpa, tinha várias referências brasileiras, o presídio bem retratado, aliás, o ator que interpreta o líder do crime na prisão, Babu Santana, é uma perfeição! Ele já fez tantos trabalhos representando presidiário, quem não se lembra do filme “Estômago” de Marcos? Em que ele fala: “AN-gustura” para o personagem Raimundo, interpretado por João Miguel.


Depois o filme prosseguiu em uma narrativa sem vergonha de Marcos Veras. Bah! Por que tantas pausas na fala? Faltou alguém dizer: “Ô, não precisa esperar as risadas toca pra frente o texto que é filmagem!”. Puxa, o texto está muito bacana, foi escrito por Vitor Brandt e Pedro Aguilera, porém o desempenho dos atores foi fraco em vários momentos, destaco apenas o núcleo da cadeia, dos policiais e da protagonista Júlia Rabello, mulher do caricato Marco Veras na vida real.


Teve espaço para colocar “celebret’s” e artistas da música como a cantora Anita, Alexandre Frota, Bruno de Lucca – não captei muito a função do seu personagem no filme, acho até que é amigo do produtor – e do Grupo Molejo, que olha, bateram um bolão! Colocar uma música tema é tão difícil quanto colocar um projeto em prática! Por que colocar a música “Prepara” da Anita? Nada a ver uma coisa com a outra, a música estava no topo na época em que foi feita a filmagem, mas agora que já passou e estamos na era do “Beijinho no Ombro” fica sem sentido, parece que o filme é velho e estão passando só agora na sessão da tarde. O Frota sem comentários.


A comédia ficou a um passo de ser hilária, deu para rir, mas não chorar de rir. E tinha potencial para isso, pois contava com muita estrutura, mas gostaria de ressaltar que é bem melhor que “Minha Mãe é uma Peça” e “Se eu fosse Você”. Eu só sei que não foi dessa vez. Com Copa do Mundo ou sem Copa do Mundo, “Copa de Elite” não levou a taça.

Última atualização em Qua, 16 de Abril de 2014 09:58  
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