Aqui de longe
Assisto as brigas da minha família
Meu marido, que também não está mais lá
Mas em algum lugar desse polissistema espiritual
As vezes me envia pensamentos de preocupações
Mas quando eu e ele estávamos juntos
Lá no polissistema material
Me parece que eles não viviam assim
Em discórdias constantes, pelo chamado dinheiro
A gente contruiu coisinhas lá, mas que servem para todos
E nada trouxemos para cá
Nada mesmo, nem nosso próprio corpo
Apenas nossa consciência tranquila;
Quando tenho permissão de meus guias amigos e protetores
Observo as desavenças e os desentendimentos
Dentro de nossa família e dentro de outras famílias
Por que? Por que eles fazem isso?
Ah! se eles soubessem que nada trarão para cá
Apenas o conhecimento e experiências adquiridas
Me considero ainda mãe deles
Mas me disseram que fui ... mãe deles
E futuramente numa próxima oportunidade
Poderei ter outro grau de parentesco ... com eles
Mas, o sentimento de Mulher, e de Mãe dos meus filhos
É tão forte, mas tão forte
Que em algum lugar
Faço silêncio e choro...não por mim
Mas por eles, pelos meus filhos
Que hoje brigam na justiça sobre o chamado
Inventário...que inventário...não inventei nada...
Apenas eu e meu marido trabalhamos
Adquirimos o básico necessário para uma família
Demos educação e alimentos aos nossos filhos
Graças a DEUS !
E hoje eu aqui ... e eles lá
Brigando, por aquilo que fizemos
Para todos nós, em conjunto, um pequeno patrimônio
No dia que passei para o lado de cá
Todos choraram e percebi que sentiram muito a minha falta
Meu esposo já tinha vindo antes
Hoje, eles não choram mais
Eles brigam ... esqueceram do principal
Do verdadeiro Amor de Mãe
Do Eterno e Materno Amor
Que profundamente ... sinto
Por eles


Rogério Athayde
Coordenador e Palestrante
Projeto Eco Cidadania
“Quem não age, não é”