Rael usa cada verso da sua nova música, “Bença Mãe”, como forma de agradecimento

Cada linha, cada traço, 
cada verso de compasso
como forma de abraço
para lhe agradecer

Talvez esse seja o trecho que melhor sintetiza a nova canção de Rael, que acaba de chegar, pela Laboratório Fantasma e com distribuição da Sony Music, aos aplicativos de música (https://SMB.lnk.to/RaelBencaMae). “Bença Mãe” é a forma como o rapper, cantor e compositor paulista encontrou para agradecer não apenas a sua mãe, mas também todas as referências de “mãe” presentes no mundo. Trata-se da segunda faixa revelada do seu próximo disco, previsto para o segundo semestre. “Flor de Aruanda” abriu esse novo ciclo.

“As mães são aquelas figuras que se doam e a gente não retribui”, diz o artista. Com influência de afrobeat e de ijexá, a música cita a natureza, a cachoeira e outros símbolos aos quais, muitas vezes, não somos gratos. 
“É aquela velha história, a mãe é quem segura o reggae nessa merda de patriarcado e fica na responsabilidade de cuidar do marido e dos filhos e, quando ela se dá conta, teve um desgaste monstro”, pensa.

Um áudio de Sandra Mara da Silva Aldrovande, que, em maio deste ano, teve o seu filho assassinado, ainda abre a possiblidade para se pensar naquelas que passam por uma perda e transferem o cuidado para a luta por justiça. Jean foi atingido por um tiro, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, quando chegava para dar aula.

O videoclipe de “Bença Mãe”, já disponível no canal de YouTube do rapper (https://www.youtube.com/watch?v=1DBAadKjiDg), reforça os variados modelos maternos. Dirigido e roteirizado por Caio Lazaneo, o registro audiovisual traz personagens reais, como a própria mãe do artista, além de uma mãe que joga capoeira e outra que tira o sustento da terra. A vó de Rael é lembrada por meio da figura de Dona Cotinha e de sua filha, Ana Maria Lemes, que conduz o benzimento, diariamente, a centenas de pessoas na região de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. “A minha vó era benzedeira e essa cultura está acabando. Tenho a lembrança da minha casa cheia de gente e que se curava por meio de palavras e de elementos da natureza”, recorda Rael. “A Dona Cotinha faz um trabalho muito bonito, foi uma maneira de me reconectar com o universo da minha avó”, conclui.

Letra de “Bença Mãe”:

Que seja só amor e fé

Sol e calor pra quem quiser

Cores de oxumaré

Mãe que é benzedeira

Tem planta curandeira

Mãe d’água cachoeira

Forte igual capoeira
Mãe de toda maneira

Devo minha vida inteira

Pra você

Mãe d’água

Mãe do vento

Mãe do movimento
Mãe de nascimento

Mãe de sentimento 
Mãe do amanhecer

Cada linha, cada traço 
Cada verso de compasso

Como forma de abraço

Para lhe agradecer


E essa semana 
Seja abençoada de axé, mama

Que todos possam ter mais amor, grana

E seja lá como Deus quiser, mama

Natureza mãe que me criou

Mãe que é benzedeira

Tem planta curandeira

Mãe d’água, cachoeira

Forte igual capoeira
Mãe de toda maneira

Devo minha vida inteira

Pra você

Oh mãe, oh mãe, oh mãe

É terra, semente

Mãe do sol nascente

É luz reluzente

Vem curar minha mente, mãe

Faça dessa canção ritual 
Que pros aflitos seja paz espiritual

Ó, mãe que me encanta

Sua beleza é tanta

Natureza é santa

Medicina é planta

Pra espada, escudo

Se fechou, destranca

Foi você quem disse “se cair, levanta”

Olha, eu te prometo que vou ter cuidado

Você sabe, preto tem que ter dobrado

Me mantenha vivo, me mantém blindado

Pra que eu leve amor pra tudo que é lado

Mãe que é benzedeira

Tem planta curandeira

Mãe d’água, cachoeira

Forte igual capoeira
Mãe de toda maneira

Devo minha vida inteira

Pra você

Eu quero que essa pergunta vá, para perguntar ao governador quando é que a polícia dele vai parar de matar trabalhador e pai de família?

Quando?

É isso que eu quero saber, quando? Quando?

Quando isso vai acabar?

E essa semana 
Seja abençoada de axé, mama

Que todos possam ter mais amor, grana

E seja lá como Deus quiser, mama

Natureza mãe que me criou

E essa semana 
Seja abençoada de axé, mama

Que todos possam ter mais amor, grana

E seja lá como Deus quiser, mama

Natureza mãe que me criou

E essa semana 
Seja abençoada de axé, mama

Que todos possam ter mais amor, grana

E seja lá como Deus quiser, mama

Natureza mãe que me criou

Ficha técnica da música:

Letra, música e voz: Rael

Voz/colagem: Dona Sandra Mara da Silva Aldrovande

Bateria eletrônica: Rael

Baixo: Dudinha

Guitarra: Julio Fejuca

Teclado: Bruno Marcucci

Sax: Fernando Bastos

Trombone: Tiquinho

Trompete: Gustavo Sousa

Arranjo de metais: Rael

Gravadora e editora: Lab Fantasma

Produtor musical: Rael

Produtor assistente: Rafael Tudesco

Direção geral: Evandro Fióti

Produção executiva: Raissa Fumagalli

Mixagem: Maurício Cersosimo

Masterização: Maurício Gargel

Gravado no Studio Horta por Rael e Rafael Tudesco

Ficha técnica do clipe:

Roteiro e direção: Caio Lazaneo

Produção: Renata Jardim e Marco Escrivão

Pesquisa: Thiago B. Mendonça

Direção de fotografia: Gabriel Ranzini

1º assistente de câmera: Beto Araujo

2º assistente de câmera e still: João Liberato

Direção de arte: Leide de Castro

Maquiagem: Daniela Guidon

Figurino Rael: Dario Mittman

Técnico de som: Rafael Gonzaga

Montagem: Jonathas Beck e Lucas Baumgratz

Finalização e color grading: Caio Lazaneo e Gabriel Ranzani

Agradecimentos: Dona Efigenia Maria dos Reis Feliciano, Dona Ana Maria Lemes e Dona Cotinha, Natalia Fiu Dias, Mônica Isabel da Silva, Zilda Maria de Paula, Sandra Mara da Silva Aldrovande, Rosana Fernandes, Eliana Aray da Silva, Seu Ditinho da Congada, Carlos Papa, Cristine Takuá, Cleiton Evaristo de Almeida, Aldeia Indígena Guarani Rio Silveira e Renato Coelho.

Raul Santiago, ativista e empreendedor social.

Voz das Comunidades.

Uma produção de Laboratório Fantasma Produções

Curtir Rael:

Facebook: facebook.com/OficialRael

Twitter: twitter.com/raelepronto

Instagram: instagram.com/RaelOficial

Site: raeloficial.com

Curtir Lab Fantasma:

Facebook: facebook.com/LaboratorioFantasma

Instagram: instagram.com/Lab_Fantasma

Twitter: twitter.com/Lab_Fantasma

Site: labfantasma.com

Foto: Gabriel Ranzani

No Comments Yet

Comments are closed