“PÓS-F” em Curitiba


Depois do enorme sucesso em sua versão on line, o espetáculo “Pós-F”, de Fernanda Young com Maria Ribeiro e direção de Mika Lins, estreia de forma presencial, com turnê nacional e temporada em São Paulo.

O Espetáculo foi adaptado do livro “Pós-F, para além do masculino e do feminino”, de Fernanda Young, vencedora (póstuma) do Prêmio Jabuti.

Sua primeira obra de não ficção, Young trás para o debate o que significa ser homem e ser mulher hoje. Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens às quais deu voz, sempre independentes e a quem a inadequação é um sentimento intrínseco. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar o feminino e o masculino em todas as suas potencialidades.

Nos palco, Maria Ribeiro dá voz a Fernanda Young sob a direção criteriosa de Mika Lins. Com iluminação de Caetano Vilela o espetáculo possui uma linguagem poética e contemporânea, ao mesmo que seduz pela estética e envolve o público pela divertida e instigadora temática.

A estreia on-line aconteceu em 12 de setembro de 2020, marcando a retomada das atividades culturais do Teatro Porto Seguro e foi um sucesso de público e critica. Em apenas 8 apresentações o espetáculo contou com mais de 8000 espectadores.

E agora em sua versão presencial, ganha novos formatos e linguagens que faz desse um espetáculo tão provocativo ao mesmo tempo onde se ri do outro e de si mesmo.

Para a diretora Mika Lins, este espetáculo não ficcional procura ao máximo levar ao palco as experiências pessoais da autora. “Buscamos transformar o que é expresso na teoria em ação, na experiência pessoal dela. É quase como se a Fernanda estivesse em cena exposta como pessoa e contasse suas memórias e vivências. Para além das ideias avançadas propostas no livro pela Fernanda, a peça é muito baseada na visão pessoal que eu e a Maria Ribeiro tivemos depois que ela passou pelas nossas vidas. E eliminamos qualquer didatismo, pois é um espetáculo sobre uma artista, sobre uma criadora, sobre uma ficcionista”, explica.

Maria Ribeiro, corroborando com o pensamento da diretora, diz que “assim como Leila Diniz, Fernanda era daquelas mulheres que, apenas cumprindo sua psique, nos libertava de tudo o que não era natural, e sim, convenção”

Vivências da Fernanda

No livro, a partir de experiências pessoais, a Fernanda Young se revela como uma das tantas personagens femininas criadas por ela, sempre livre para fazer o que quiser, amar quem quiser e viver à sua maneira, porém cercada por um sentimento intrínseco de inadequação. Esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar tanto o feminino como o masculino em todas as suas potencialidades.

É esse modo de ser que motivou Young a propor a ideia de um pós-feminismo e pós-Fernanda, um relato sincero sobre uma vida livre de estigmas, calcada na sobrevivência definitiva do amor, no respeito inquestionável ao outro e na sustentação do próprio desejo. E esse olhar profundo para o outro possibilitaria acabar com quaisquer formas de rótulos e papeis impostos tanto para a mulher como para o homem, que também sofre com as enormes pressões da sociedade patriarcal e precisa ser um aliado na luta contra o machismo. Assim, Fernanda oferece sua visão de mundo na tentativa de superar polarizações e construir algo maior, em que caibam todos os gêneros.

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Dias 05 e 06 de fevereiro de 2022

Teatro Guaira/Guairinha (472 lugares)

Rua XV de Novembro, 971 – Centro – Cutitiba/PR

Telefone: (41) 3304-7900

Bilheteria: de Segunda a sexta das 12h às 18h / Sábado e Domingo 2 horas antes do espetáculo

Acessibilidade. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.

Vendas: https://www.ticketfacil.com.br/eventos/cctg-pos-f.aspx

SÁBADO às 21h E DOMINGO às 19h

Ingressos: R$ 80,00

Duração:  50 minutos

Recomendação:  14 anos

OBRIGATÓRIO USO DE MÁSCARAS NA PLATEIA

E NAS DEPENCÊNCIAS DO TEATRO

Ficha técnica – Pós F

Texto: Fernanda Young

Com: Maria Ribeiro

Direção e cenografia: Mika Lins

Adaptação: Caetano Vilela, Maria Ribeiro e Mika Lins

Iluminação: Caetano Vilela

Figurino: David Pollack

Trilha Sonora: Estela May, Maria Ribeiro, Mika Lins e Caetano Vilela

Ilustração: Fernanda Young, Estela May e Mika Lins

Cenotecnia e Direção de Palco: Alejandro Huerta

Fotos: Bob Wolfenson

Coordenação de Comunicação: Vanessa Cardoso

Assessoria de imprensa: Factoria Comunicação

Designer: Luciano Angelotti

Assistência, programação e operação de luz: Nicolas Caratori

Coordenação técnica: Helio Schiavon Jr

Operação de Luz: Marcel Rodrigues

Operação de Som:

Captação de imagens e edição: Paula Mercedes

Visagismo: Marcos Padilha

Assistente de Produção: Rafaella Blat

Produção executiva: Camila Scheffer

Produção: Dani Angelotti

Realização: Cubo Produções

Patrocínio: Porto Seguro

Sobre Fernanda Young

Embora não tenha concluído os cursos de letras, jornalismo e rádio e tv, Fernanda  Young teve uma marcante carreira como atriz, escritora, apresentadora e roteirista. Entre alguns de seus livros estão, Posso Pedir Perdão, Só Não Posso Deixar De Pecar, Estragos, A Mão Esquerda de Vênus, A Louca Debaixo do Branco, O Pau, Tudo Que Você Não Soube, Vergonha dos Pés, Dores do Amor Romântico.

Na televisão, foi roteirista de vários seriados e programas de sucesso, como Os Normais (2001-2003), A Comédia da Vida Privada (1995), Os Aspones (2004), Surtadas na Yoga (2013-2014),  Vade Retro (2017), Como Aproveitar o Fim do Mundo (2012), Minha Vida Nada Mole (2006-2007) e Shippados (2019).

Além disso, apresentou os programas Saia Justa (2002-2004), Irritando Fernanda Young (2006-2010), Confissões do Apocalipse (2012) e Odeio Segundas (2015). E, no cinema, participou dos roteiros dos filmes Os Normais (2003) e Os Normais 2 (2009) e Muito Gelo e Dois Dedos D’Água (2006).

Fernanda faleceu no dia 25 de agosto de 2019, aos 49 anos, devido a uma parada respiratória provocada por uma crise de asma. Ela deixou o marido Alexandre Machado e quatro filhos, Cecília Maddona, Estela May, Catarina Lakshimi e John Gopala.

Sobre Maria Ribeiro

Maria Ribeiro é atriz, escritora e diretora de cinema. Cursou jornalismo na PUC, mas já conciliava a faculdade com a carreira de atriz.  No Teatro participou das peças “Confissões de adolescente”, “O inimigo do povo”, “Feliz ano velho” e “Separações”. No cinema contabiliza inúmeros filmes com destaque para “Como nossos pais (2017) de Lais Bodansky, pelo qual conquistou o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado, além de filmes como “Entre nós”, Histórias de amor duram apenas 90 minutos”, “Tropa de Elite”, entre outros.

Integrou a banca do programa de debates da GNT “Saia Justa” e várias participações em novelas como “Império” e estreia esse ano a série “Desalma” na Rede Globo.

Atualmente tem um programa de variedades na plataforma Hysteria, escreve uma coluna no jornal O Globo e viaja em turnê com o projeto Você é o que lê, com Xico Sá e Gregório Duvivier.

Sobre Mika Lins

Mika Lins tem uma longa e profícua carreira como atriz e desde 2009 tem se dedicado exclusivamente a direção teatral.  Entre suas direções estão:  “Dueto para Um”, de Tom Kempinski, vencedor do prêmio APCA de melhor atriz para Bel Kowarick, “Festa no Covil” de Juan Pablo Villalobos, “A Tartaruga de Darwin” de Juan Mayorga, “Tutankáton” de Otavio Frias Filho.

Na televisão dirigiu “Terradois” para a Tv Cultura,  com apresentação de Jorge Forbes e Maria Fernanda Candido.
É diretora da Cia Instável.

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