Ouvir o que crianças têm a dizer pode ampliar aprendizado

Dar voz às crianças e desenvolver a escuta sensível são dois princípios que norteiam a Pedagogia da Escuta, uma abordagem acolhedora que tem ganhado cada vez mais espaço na Educação Infantil. Aqui, o entendimento é de que as crianças têm o direito de serem ouvidas, com assuntos importantes a nos dizer e contar, mas não usam da verbalização espontânea como os adultos, explica a coordenadora do Segmento da Educação Infantil do Colégio Marista Cascavel, Rafaelly Carvalho da Silva Molina. “Elas se comunicam de múltiplas formas, seja textualmente ou corporalmente, por isso o desafio de compreendê-las muitas vezes pode se tornar difícil”, orienta.  

De acordo com a coordenadora, a sensibilidade de perceber o que a criança tem a nos dizer fez com que o ato de escutar fosse investigado com maior atenção e cuidado. “Atualmente, fala-se muito que a criança necessita exercer o protagonismo para aprender a fazer leituras do mundo e, com isso, construir significados, principalmente para ressignificar o mundo que a rodeia”. 

Somente dando oportunidades para que essa escuta seja exercida é que o desenvolvimento integral e intelectual da criança poderá ser impulsionado, transcendendo seus conhecimentos. Confira algumas dicas:

  • Principalmente na fase da primeira infância, permitir que a criança verbalize, se comunique de diversas formas, é primordial para que ela se expresse com segurança. 
  • A família e a escola têm um papel importante nesse processo de mediação na construção do pensamento. As tentativas e formas que são utilizadas para isso dependem exclusivamente da sensibilidade do adulto para encorajar a criança nas escolhas, oferecendo oportunidades para a independência e interdependência. 
  • Para adotar a escuta ativa é preciso estabelecer uma comunicação efetiva, se agachando na mesma altura da criança e olhando nos olhos. Assim, as crianças sentem que estão sendo ouvidas e compreendidas. 
  • oferecer tempo para a criança pensar, interagir, se relacionar e estabelecer conexões é outro ponto muito importante. Isso significa reconhecer que uma ampla série de oportunidades devem estar disponíveis para apoiar a participação das crianças, respeitando assim seu potencial.

Sobre a Rede Marista de Colégios: A Rede Marista de Colégios (RMC) está presente no Distrito Federal, Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 18 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação. Saiba mais em www.colegiosmaristas.com.br.

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