Outubro Rosa: saiba porquê retomar a prática de atividades físicas


Especialista do HCor reforça importância dos exercícios físicos na prevenção e na rotina de mulheres já diagnosticadas com câncer de mama

Corridas, caminhadas, musculação, dança. A prática de atividade física é reconhecida por toda a comunidade médica como um dos hábitos mais indicados para a manutenção da saúde. É por isso que, no Outubro Rosa, mês de conscientização e combate ao câncer de mama, um dos principais incentivos é para que mulheres de todas as idades deixem de lado o sedentarismo.

De acordo com o cardiologista e médico do esporte do HCor, Nabil Ghorayeb, as atividades físicas são importantes aliadas na diminuição do risco de desenvolvimento da doença, que é, hoje, o tipo de tumor mais frequente em mulheres de todas as regiões do Brasil – sem considerar os tumores de pele não melanoma.

“Uma pesquisa feita por instituições brasileiras e americanas, em parceria com o Ministério da Saúde, apontou que 12% das mortes causadas por tumores de mama no Brasil poderiam ser evitadas, se as mulheres praticassem atividade física com regularidade”, comenta Ghorayeb.

Segundo especialistas, vários motivos explicam a relação do sedentarismo com o desenvolvimento do câncer de mama. Um exemplo disso é que as células cancerígenas utilizam o estrogênio, produzido no tecido adiposo, como um combustível. Ou seja, quanto mais gordura o corpo possui, mais estrogênio ele produz e maior o risco de desenvolvimento do tumor.

“No geral, realizar 150 minutos de exercícios por semana pode melhorar a imunidade e diminuir a inflamação do organismo. Isso, por si só, já ajudaria na diminuição do risco da doença”, explica o médico.

Mulheres com câncer de mama também podem se beneficiar

No caso de mulheres que já receberam o diagnóstico de câncer de mama e estão em tratamento ou acompanhamento oncológico, colocar o corpo em movimento também traz benefícios clínicos.

De acordo com Ghorayeb, a atividade física ou esportiva é uma das melhores ferramentas para o bem-estar emocional e físico das mulheres que estão em tratamento oncológico e mesmo àquelas que já finalizaram seus tratamentos. O fato de serem bem ativas pode mudar o prognóstico dessas pacientes.

Abaixo, você confere sete dicas do médico do esporte para mulheres com câncer de mama:

  1. Manter em dia a avaliação e acompanhamento constante do estado clínico pelo oncologista/mastologista e pelo cardiologista, para corrigir os efeitos gerais e cardiovasculares dos tratamentos com quimioterapia e radioterapia.
  1. Programar atividades físicas diárias e regulares, de intensidade suficiente para estimular e manter as pacientes em programa de exercícios.
  1. Realizar, desde que seja possível, exercícios de baixa intensidade, como as caminhadas, entre 10 e 15 minutos duas vezes ao dia. Com a adaptação a essa atividade física, o volume e a intensidade poderão ser aumentados para corridas leves ou trote.
  1. Contar com a orientação de educador físico ou fisioterapeuta, que deve avaliar o braço do lado da cirurgia de mama para iniciar exercícios de fortalecimento muscular no momento certo do pós-operatório. As atividades irão auxiliar na redução do inchaço do braço e melhora do tônus muscular.
  1. Alternar, se possível, as modalidades esportivas na água e no solo: hidroginástica/natação com as caminhadas.
  1. Iniciar os exercícios com pesos conforme entendimento do médico, do educador físico ou do fisioterapeuta, alternando os grupos musculares em cada dia de exercício.
  1. Manter todos os cuidados com o membro superior do lado operado, evitando traumas, exposição excessiva ao sol, alergias, entre outros problemas que podem ocorrer.

Sobre o câncer de mama

O câncer de mama é o segundo tipo de tumor mais frequente na população feminina. Segundo o Inca, a estimativa é de 66,2 mil novos casos para cada ano do triênio 2020-2022 no Brasil.

O Outubro Rosa é mundialmente conhecido como o mês de conscientização e combate aos tumores de mama, promovendo a prevenção da doença. Entretanto, segundo Afonso Nazário, mastologista do HCor, a atenção aos sinais e sintomas devem fazer parte da rotina ao longo do ano.

“O câncer de mama, em média, duplica de tamanho a cada 6 meses. Por isso, é muito importante que as mulheres respeitem o período de retorno proposto pelo médico e realizem seus exames – principalmente a mamografia – com regularidade”, destaca Nazário.

O mastologista ressalta que o autoexame é importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas; no entanto, ele não substitui a mamografia, que é o principal exame de imagem para a detecção precoce, complementada de acordo com cada caso com o ultrassom e a ressonância magnética.

Vale lembrar que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de mama tem até 95% de chances de cura.

Sobre o HCor

A instituição iniciou as atividades em 1976, tendo como mantenedora a Associação Beneficente Síria, que completou 100 anos de atividades filantrópicas em 2018. O HCor ganhou projeção mundial no cenário da saúde, tornando-se referência em cardiologia. Hoje, além do escopo de atendimentos cardiológicos, o hospital oferece serviços de excelência também nas áreas de neurologia, oncologia, ortopedia e medicina diagnóstica, ganhando destaque como um hospital multiespecialista. Conta com acreditação internacional da Joint Commission Internation (JCI) desde 2006.

Certificado pela American Heart Association (AHA), o Centro de Ensino capacita e atualiza milhares de profissionais anualmente. Na ciência, o Instituto de Pesquisa HCor coordena estudos clínicos multicêntricos nacionais e internacionais. Há 10 anos, o HCor é parceiro do Ministério da Saúde no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), colaborando com políticas públicas e iniciativas de aprimoramento para mais de 150 centros médicos de todo País.

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