Biossegurança – A importância da higienização

Na estética, a Biossegurança diz respeito às boas práticas que visam garantir a integridade dos clientes e também dos profissionais, reduzindo riscos de contaminações por micro-organismos e seus danos para a saúde. De acordo com informações da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil é o terceiro maior mercado de beleza, perdendo somente para os Estados Unidos e o Japão, tais estatísticas embasam a preocupação visando a segurança de todos.

 

No Brasil com o crescimento no número de clínicas e profissionais autônomos, as ações preventivas acabam se tornando falhas, abrindo espaço para contaminações. Em 2010, um plano de incentivo criado pelo governo federal formalizou a atuação de vários profissionais ligados à área de saúde estética, como esteticistas, manicures, podólogos, cabeleireiros e outros profissionais informais, trazendo uma maior segurança quanto à estabilidade profissional, além de oferecer taxas e impostos reduzidos.

 

Mas apenas sair da informalidade não basta. É preciso seguir todas as regras e normas estipuladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para conseguir o Alvará Sanitário, sem o qual o estabelecimento não pode funcionar, além da necessidade seguir a risca as regras de Biossegurança. A tecnóloga em estética Isabel Piatti, dentro do QUADRO VIVA CADA SORRISO ( BUONA VITA) explica o que é fundamental para o profissional e para que o cliente esteja atento:

 

-É fundamental que o esteticista tenha cuidados com a assepsia das mãos e dos objetos utilizados no procedimento estético;
- Ter higiene pessoal, unhas aparadas e limpas, cabelos hidratados.

-O uso do jaleco ou avental é extremamente fundamental na hora do procedimento estético, junto com as luvas e a máscara;
-Limpeza do ambiente de trabalho, ser arejado e climatizado;
-Lixeira com pedal, para evitar contato de bactérias, colocar o lixo em local correto de coleta;
-Manter matérias perfura cortantes separados do lixo convencional;
-Troca obrigatória da roupa de cama, sempre esterilizado;
-Ter uma autoclave ou estufa.

 

Riscos com a contaminação

 

Recentemente no CIA-BV ( Centro e Instituto Internacional de Pesquisas Científicas), foi realizado um experimento para demostrar alguns tipos básicos de contaminação, como fungos e bactérias em placas de Petri. Normalmente, para realizar estudos de microbiologia, a placa Petri é parcialmente preenchida com ágar onde estão misturados alguns nutrientes, sais e aminoácidos, de acordo com as necessidades específicas do metabolismo do micro-organismo.

Foram coletadas de uma clínica de estética alguns utensílios, logo após o seu uso, dentre eles, uma ponteira de peeling, toalha, além da coleta de amostras do pé e da mão. Com objetivo de comprovar o efeito da Clorexidina, um dos ativos presentes no Higisystem, um anti-séptico químico, com ação antifúngica e bactericida.

 

O Higisystem é um fluido que garante a higienização e a hidratação das mãos e demais áreas aplicadas. Seu uso é indicado em tratamentos estéticos em geral, podendo ser aplicado em diversas regiões do corpo (rosto, mãos, axilas, pés), devendo ser evitado na área dos olhos. Entre os ativos da composição do produto estão: a Clorexidina (10mg/g); o Dimeticone (lubrificante – 15mg/g) e a Ureia (hidratante – 20mg/g). Tem ação eficaz contra as bactérias Salmonella choleraesuis, Pseudomonas aeruginosa e Staphilococcus aureus.

 

Todos as placas de Petri foram semeadas e colocadas na estufa em uma temperatura de 35º graus.

 

Resultados

 

Em apenas 36 horas, já era possível notar o crescimento de bactérias e fungos, nas placas. Observe que as que amostras coletadas com a aplicação do Higisystem não desenvolveram.

 

O experimento revelou que a falta de um procedimento adequado, pode representar um risco tanto para a saúde do profissional, quanto para a de seu cliente. “Por isso, é de extrema importância o conhecimento dos fatores de risco presentes durante a realização dos protocolos, pois só assim o profissional de saúde estética irá se paramentar de forma adequada e estará atento para o descarte de materiais contaminados, bem como o paciente terá a certeza de estar sendo atendido por um profissional qualificado”, finaliza Isabel.

 

Ou seja, cuidar da segurança pessoal e local de trabalho reflete aos clientes a eficiência e seriedade de cada profissional.

Confira mais informações sobre Biossegurança no Livro "Biossegurança: Estética e Imagem Pessoal", de Isabel Piatti.

Para comprar acesse o link: http://www.buonavita.com.br/livro-biosseguranca-em-centros-de-estetica/p .

 

Não perca o quadro semanal e assista agora a entrevista sobre o tema no link abaixo.

Última atualização em Ter, 25 de Agosto de 2015 12:23  
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