- Em 1984, o espetáculo “Tangos & Tragédias” estreou no Rio Grande do Sul contando a história dos músicos Kraunus Sang e Maestro Plestkaya, personagens naturais de um país chamado Sbórnia. Ao longo do espetáculo, eles revelam que fugiram do tal país após a chegada do rock ‘n’ roll e que se refugiaram no Rio Grande do Sul. Mais de um milhão de pessoas embarcaram nesta viagem e assistiram ao espetáculo musical durante suas quase três décadas de exibição. Agora, chegou a vez deste universo de Kraunus e Plestkaya ser reconstruído no cinema pela animação “Até Que a Sbórnianos Separe”, dirigida por Otto Guerra e Ennio Torresan Jr.
- O filme foi lançado no Rio Grande do Sul, para depois seguir para outras praças. Curitiba recebe o filme a partir de 26 de março, com exibições em 3D no Cineplus Jardim das Américas (Shopping Jardim das Américas) e no Cineplex Batel (Shopping Novo Batel).
- O longa-metragem é, para Guerra, uma verdadeira viagem de entrega e identificação pessoal. “Desde que vi Tangos & Tragédias, guardei a história como uma carta na manga. Virou uma referência para mim."
- O filme, que marca época no Rio Grande do Sul sendo a primeira produção gaúcha a chegar aos cinemas também em cópias 3D, é resultado de um trabalho meticuloso. Durante sua produção, mais de 100 desenhistas de diferentes pontos do país estiveram envolvidos no projeto, dando vida a cerca de 500 mil desenhos que se materializam ao longo dos 90 minutos do filme. “Até Que a Sbórnia nos Separe” ainda é um marco para a própria Otto Desenhos Animados, produtora do filme que está há 35 anos no mercado: esta é a primeira animação inteiramente digital da Otto, sem uso de papel.
- Quem comanda a animação ao lado do gaúcho Otto Guerra é o carioca vencedor do Emmy Ennio Torresan Jr., que, há quase duas décadas, atua como animador na Dreamworks, sediada nos Estados Unidos. O co-diretor revela que fazer “Sbórnia” foi uma experiência única na sua carreira: “Quando li o roteiro, foi amor à primeira vista. Não conseguia parar de pensar no projeto. Foi algo compulsivo, mas no bom sentido. Tentei não trazer nada de fora, e sim fazer algo inverso, novo. É um filme diferente de tudo que já fiz. O que existe em comum é a paixão por fazer animação”.
- “Até Que a Sbórnia nos Separe” marca ainda o último trabalhado do músico Nico Nicolaiwewsky, falecido em fevereiro de 2014. Ao lado de seu colega Hique Gomez, Nicolaiewsky esteve diretamente envolvido na realização do filme, e deu voz ao protagonista Maestro Plestkaya, personagem que interpretava nos palcos. O elenco de dubladores ainda traz nomes como Fernanda Takai, Arlete Salles e André Abujamra (responsável pela trilha instrumental, que conta ainda com músicas do espetáculo).