A produção de “O Filho de Deus” da 20th Century Fox , dirigida por Christopher Spencer, estreia no dia 17 de abril nos cinemas. A obra conta a trajetória desde o nascimento de Jesus até a sua ressurreição.
O drama foi inspirado na série de grande sucesso americano “A Bíblia” de Roma Downey e Mark Burnett, que conta e segue perfeitamente a vida de Jesus como é descrita no Novo Testamento. São inúmeras as produções bíblicas e épicas e esta não inova em como mostrar a figura de Jesus. Com poucos atores atuando – digo poucos no sentido de ressaltar que poucos eram dignos em atuação – o próprio ator que interpreta Jesus faz várias cenas feias olhando para a câmera com o objetivo de falar com o espectador, mas o que consegue é um bocejo prolongado e um pensamento: Se acha que Jesus levantaria a sobrancelha desse jeito?
Descreveram um homem mágico e não um homem divino. Não sei de quem foi o problema – temo que os atores – mas estava tudo muito plástico. Ouvi dizer que esta produção conta com cenas prontas veiculadas da série de TV americana “A Bíblia” e também de cenas que foram descartadas.
Pergunto-me porque não mostrar algo bíblico de uma forma que seja natural e não engessada como esta? Em vários momentos lembrei-me do filme de Martin Escorsese “A Última Tentação de Cristo”, em que na época causou um grande debate sobre as controvérsias que levantou no drama. Parece que existe um medo de não pecar (literalmente) por excesso, não ousar. Pena.
Enfim, no elenco estão: Diogo Morgado (Jesus de Nazaré); Roma Downey (Maria); Greg Hicks (Pôncio Pilatos); Darwin Shaw (Pedro) e Sebastian Knapp (João). O bem da verdade é que “O Filho de Deus” foi produzido em alusão às datas comemorativas a Páscoa. Infelizmente tudo se vende, até o espiritual.
