Acontece Confere "Se eu ficar"

  • Se Eu Ficar
  • Baseado no Best- Seller do The New York Times, Gayle Forman leva a sua história as telas do cinema, sob os cuidados do diretor R. J Cutler. No Brasil “Se Eu Ficar” tem estreia no próximo dia 4 de setembro e promete ser sucesso pelo seu drama carregado, pelo seu apelo jovem e justiceiro; e por transcrever do jeito mais entediante um roteiro raso, considerando o sucesso do livro.
  • Mia Hall (Chlöe Grace Moretz) vive um impasse entre escolher pelo grande amor da sua vida, Adam (Jamie Blackley), ou de desfrutar da oportunidade de desenvolver a sua habilidade no violoncelo indo estudar na tradicional escola de música Julliard, em Nova York. Após um grave acidente, a delicada Mia fica em coma e tem a oportunidade de pensar em suas escolhas, além de valorizar cada momento que viveu em torno de seus amigos e família.
  • Ao que tudo indica o livro de mesmo nome fez sucesso pelos seus detalhes, coisa que no filme fizeram muita falta. Ao lê-lo (li somente 50 páginas) percebi que muitas coisas deveriam ter sido citadas, ao menos para que o espectador ficasse, ou melhor, tornasse íntimo daquela família que estaria perdida nas próximas uma hora e meia de filme.
  • Chlöe Grace Moretz interpreta uma doce adolescente, gosto muito do trabalho da atriz, acompanho o trabalho dela desde Kick Ass – Quebrando Tudo (2010). Chlöe a cada trabalho que faz aprimora e transmiti pureza ao interpretar. Sobre o seu personagem, ela como Mia não peca quem a judia é o roteiro e o namoradinho mais ou menos da trama, vivido por Jamie Blackley.
  • Aliás, preciso ressaltar que os atores Mireille Enos, Joshua Leonard e Jakob Davies estavam divinos em cena. Uma sintonia realmente invejável. Mireille que interpreta a mãe, Kat Hall, fez do seu pequeno papel um incrível deleite na tela. Ao passo que o mesmo não se pode dizer sobre a história: a personagem Mia está em coma, ela fica como uma espécie de fantasma acompanhando tudo o que acontece após o acidente e ao mesmo tempo ela mesma narra coisas sobre o seu passado de um jeito quase que prepotente contando fatos marcantes da sua vida, porém estas lembranças tornaram o filme chato. Fiquei esperando que no final contassem que na verdade ela era uma senhora de idade avançada e tudo aquilo não passou de um sonho.
  • Havia uma enfermeira que não tinha nada a ver com a situação, ela dizia coisas do tipo: “Só depende de você”. Bah! Quase que o filme entra na linha do auto ajuda. O seu sentido e importância estavam fora de ordem, fiquei com um sentimento de falta de alguma coisa para transmitir emoção. E olha que os fatos decorrentes ao acidente são horríveis.
  • O que a torna tão especial para ser contada nos cinemas? Na verdade acho que nada se tornou especial a não ser o fato – que aí poderia ter sido mais bem explorado – da experiência do coma, da personagem ter a oportunidade de rever as suas prioridades. O roteiro tem muitos elementos que poderiam render um super filme, completo e emocionante. Tem uma frase que achei genial dita pelo personagem Denny Hall (Joshua Leonard): “Às vezes você faz escolhas na vida, e às vezes as escolhas fazem você”. Sabe, acho que era disso que o filme deveria tratar desta escolha puramente da vida.
  • “Se Eu Ficar” pode ficar, se sentir a vontade, mas só como ideia para reflexão, porque de emoção é melhor escolher direito e pedir para sair.
Última atualização em Seg, 01 de Setembro de 2014 16:31  
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