Acontece Confere "O juiz"

  • “O Juiz” nos presenteia com a atuação majestosa de Robert Duval e deixa implícito que Downey Jr. faz questão em manter o seu personagem predileto: o tipo milionário que se faz de super engraçado.  Com direção de David Dobkin o longa – põe longa nisso – caracteriza perfeitamente, mas sem audácia um conflito familiar antigo e coloca nas telas um ótimo filme para os profissionais de direito inspirar-se.
  • Hank (Downey Jr.) é um advogado bem sucedido, milionário ele não faz muita questão de dividir as suas glórias com a família, até que sua mãe falece fazendo-o revisitar todo o seu passado. Ao chegar a sua antiga casa, Hank descobre que seu pai (Robert Duval) está sendo acusado de um assassinato, as revelações antigas e o empenho em libertar o pai farão seu destino mudar.
  • A Downey faltou ousadia. Eu já sabia que ele faz um milionário gostosão muito bem nas telas, não precisava que repetisse. Mas ainda assim, sinceramente acho que não é de propósito, aliás, sempre acho que quando o ator fica marcado por um personagem é porque no mínimo ele fez um pouco certo, porém as semelhanças dos sarcasmos, do jeito garanhão com grana fazem dar margem para dúvidas com relação ao talento de Downey. Quer dizer, retiro o “com relação ao talento” para “com relação ao que ele pode e deveria mostrar nos papeis”, Downey é muito bom para ser um só, parece que ele não quer mexer no time do potencial dele, porque até agora vem dando certo ($$).
  • Robert Duval é uma estrela que não para de brilhar nesta trama. Com requintadas doses de drama e humor o seu personagem simplesmente enche a tela com uma atuação incrível. E olha que não estou enchendo a bola só por ser um ator veterano, ganhador de Oscar, mas por uma cena deste filme em especial que emociona e até arrepia. É uma cena pura. Robert tem um personagem que precisa de cuidados e com a idade avançada fica debilitado, é aí que Downey o acompanha em uma interpretação de pai e filho onde os papeis se invertem e o filho o livra da fragilidade com um banho literalmente.
  • “O Juiz” apresenta mais que um conflito ético, ele vai fundo na moral e abordá-la dentro e fora de um tribunal foi genial. Quer melhor espaço que este para se ter justiça? Um estudante de cinema me contou que este ano estamos com muitos filmes que projetam os atores e não as histórias, certamente este longa é um deles, por mais que os conflitos sejam revelativos e interessantes os mesmo não oferecem ao espectador uma paixão na história, na verdade o roteiro encaminha a imagem dos atores antes da história ser apresentada na tela.
  • Mesmo assim “O Juiz” é um ótimo filme, não por sua duração – de 2h e 21 min. – mas por sua intensidade em certos caminhos percorridos na história e por sua divina escolha pelo grande ator Robert Duval. “O Juiz” estreia dia 16 de outubro nos cinemas.
Última atualização em Ter, 14 de Outubro de 2014 16:48  
Copyright © 2011 Acontece Curitiba. Todos os direitos reservados. Desenvolvido por LinkWell.