- Em “Homens, Mulheres & Filhos” a onipresente é a tecnologia, com o recurso da internet diversos estereótipos são explorados, a conexão literal dirigida por Jason Reitman, mesmo diretor de Juno (2007), traz a tela um drama da atualidade: a falta da real informação sobre quem está ao nosso redor. Estamos tão perto e tão longe neste mundo cibernético...
- Reitman mantém o ritmo de seus filmes, ás vezes parece que a história vai parar por conta dos espaços em silêncio dos personagens que, aliás, conta-se com muitos incluindo Adam Sandler (muito sem sal), Ansel Elgort (cara de doente e com sono o filme todo), Jennifer Garner (é mesma em todas as suas personagens) e Rosemarie DeWitt. O drama aborda como estão as relações humanas em meio a um habitual uso da tecnologia, sobretudo do uso enlouquecido da internet, a funcionalidade ciber modificou a maneira em como as pessoas convivem.
- As histórias que norteiam “Homens, Mulheres & Filhos” são: Uma menina com uma mãe super protetora; um menino que a mãe o deixou para curtir a vida com outro cara; uma outra mãe que sonha em ver a filha famosa; uma adolescente com anorexia e um casal desgastado com um filho que consome seu tempo com pornografia na internet.
- Uma vez um professor falou sobre ciber cultura e não me esqueço dele informando do quanto o mercado ganha com os acessos a pornografia na internet e este filme mostra em como uma maioria é viciada nisso e em como é fácil os caminhos para que os jovens pulem fases da sua vida em busca do simples “fazer” ou “ter”. A presença constante da rede social caracterizou este vício, pois é por este meio que os personagens se comunicam no filme.
- Como no longa “A Rede Social” (2010), Reitman usou caixas de diálogo para representar as mensagens trocadas pelos personagens, assim como a constante visualização da tela dos computadores em cena. O espectador foi inserido em meio às conversas que também são conectadas entre as famílias citadas, os filhos são da mesma escola e os pais do mesmo bairro, e, ocasionalmente se encontram em uma conversa informal.
- A esta realidade eles informam que provém dos ataques de 11 de setembro, fato que deixou os americanos paranoicos surtindo na compra de mais celulares e de mais controle sobre o que está acontecendo na vida das pessoas, tudo sem precisar ir até a casa de alguém. Em tom sarcástico Emma Thompson narra todo o filme e relaciona as particularidades de cada história com o cosmos.
- Reitman baseado no livro homônimo de Chad Kultgen faz uma crítica a falta diálogo, as traições virtuais, a falta de autoconhecimento, a baixa auto estima, a luxúria e a incoerência entre o falar e o agir. “Homens, Mulheres & Filhos” estreia nos cinemas no dia 4 de dezembro.
