Acontece confere "Sem Evidências"

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  • Uma adaptação do livro escrito por Mara Leveritt chega aos cinemas esta semana. “Sem Evidências” relata durante quase duas horas de maneira lerda e ruim um julgamento previsível, cheio de preconceitos do início ao fim. A pena deste drama cai sobre o seu elenco composto por ótimos atores que na minha singela opinião demonstraram estar longe de todas as cenas.
  • “Sem Evidências” conta a história real de um caso que chocou a comunidade do Arkansas em 1993. Três crianças foram encontradas mortas às margens do rio amarradas nos punhos e pés com cadarços de tênis. A investigação do caso durou um ano, os culpados pelo crime bárbaro foram: Jason e Damien jovens de apenas 16 anos. A revolta contra os meninos chama atenção de Ron Lax (Colin Firth), um bem sucedido advogado, que percebe ao tom de toda investigação uma manipulação do verdadeiro assassino.
  • A adaptação é cercada de preconceitos e como filme sinceramente não indico a ninguém, pois quase duas de filme para algo tão previsível é no mínimo perca de tempo. Escrita a duas mãos, os roteiristas Paul Boardman e Scott Derrickson repetiram a parceria de “Lenda Urbana 2” (2000) e “O Exorcismo de Emily Rose” (2005) tal quais esses anteriores “Sem Evidências” é tão ruim quanto. A inspiração veio a partir do livro “The Devil’s Knot: The True Story of the West Memphis Three”, escrito por Mara Leveritt, que deve ser um pouco melhor.
  • Quando se tem um elenco bom dificilmente duvida-se do potencial da trama, porém neste filme atores como Reese Witerpoon e Colin Firth demonstraram um total desleixo às cenas com caretas exageradas, cabelos irritantemente escovados e olheiras aprofundadas nitidamente com excesso de lápis preto. Não havia emoção real ao personagem Pam (Reese Witherpoon), ela tinha um jeito esquisito de se portar, até a própria atriz deve ter considerado sua atuação fraca, o mesmo acontecia com Colin Firth um ótimo ator, prova disso é a sua belíssima atuação em “O Discurso do Rei”, que permaneceu inerte ao filme, falava tão alto que o companheiro de cena abaixava um tom da voz para ver se ele fazia o mesmo.
  • Houve erros de continuação, o filme parece não ter sido revisado. Sem contar nos absurdos ao qual o caso é tratado ao expor uma comunidade que parece ser - com base naquilo que o filme mostrou - uma cidade de amebas, julgam pessoas por suas aparências e gostos pessoais. Ao apontar o dedo da boca lhes saem coisas sujas e nefastas. Bruce Greenwood interpreta o personagem Judge David Burnett, um juiz que é fora da lei, faz uma atuação razoável (também se assim não o fizesse estaria perdido). Terry Hobbs (Alessandro Nivola), pai de uma das crianças assassinadas e marido da personagem Pam, era umcompleto imóvel, tentou, tentou e a magia da atuação não aconteceu talvez as caretas de Reese não o deixassem concentrar na cena.
  • Já dos jovens aprendizes de atores é lastimável vê-los em cena, um tal de caras e bocas em um deles causa riso de tão falsa sua atuação. O diretor é Atom Egoyan e o filme estreia amanhã nos cinemas. Não há uma evidência sequer que denomine “Sem Evidências” como um bom filme. Leia o livro, talvez lá encontre algo mais interessante, com mais detalhes.     
Última atualização em Qua, 23 de Julho de 2014 16:47  
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