Malala Yousafzai está no Brasil em prol da educação

Uma história real sobre como ler para uma criança muda o mundo.

 

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Malala Yousafzai em evento promovido pelo Itaú (Foto: SM2 Fotografia )

 

  • Segundo relatório da OCDE de 2017,41% dos estudantes abandona o ensino médio sem se formar;
  • 60% dos estudantes do 3º ano do ensino médio não são capazes de interpretar corretamente um gráfico simples;
  • No ensino fundamental público, o número de crianças de até oito anos que não conseguem identificar palavras com base em imagens é maior que a população de Santos.

Ao ler tais dados a primeira coisa que vem a cabeça é: “Será que estamos falando mesmo do Brasil?”. Como pode um país tão promissor esquecer do seu compromisso com o futuro? Pontualmente a educação é a garantia de uma sociedade lúcida e próspera. Enquanto houver educação há chances de mudança, porém dentro deste discurso – já batido, mas fundamental – encontra-se um engajamento cansado diante das políticas públicas, ou seja, existe a educação, mas não existe a garantia do conhecimento.

 

Mas como estimular a população e como dar suporte ao trabalho dos professores? São perguntas que ecoam na boca de várias ativistas pela educação. Algumas delas tiveram a oportunidade de expressar e contar as suas experiências para Malala Yousafzai, uma iniciativa apoiada pelo banco Itaú.

 

 

Para quem não sabe Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa e foi a pessoa mais nova a ser laureada com um prêmio Nobel. É conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal do vale do Swat na província de Khyber Pakhtunkhwa, no nordeste do Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional.


 

Ainda que a principal personagem fosse a ativista paquistanesa, as educadoras, estudantes, jornalistas e convidados pareciam empolgados, ansiosas em revelar um pouco da realidade do Brasil. Muito atenta a toda àquela informação, a ativista demonstrou profunda empatia com todas as revelações.

 

 

Algumas mais nervosas, outras mais tímidas, em comum o compromisso com a educação. A escritora Conceição disse que esta oportunidade é muito importante para todas e todos os presentes, pois é necessário falar, é necessário ler, informar e conhecer.

 

 

Malala afirmou que a experiência do livro a levou não só a formação como também ao resgate da leitura à sua mãe. Com seis anos a mãe de Malala teve de vender seus livros, pois mulheres não tinham mais o direito de ter acesso à educação depois que os talibãs passaram a ter poder - “Venceremos preconceitos por meio do conhecimento”.

 

 

Uma pergunta veio da palestra: “Como fazer com a desilusão que sentimos com relação ao governo do Brasil?”. Mala respirou fundo e disse:“Vocês têm o poder. Vocês têm o poder do voto.” Tal afirmação reforça a insegurança que nós temos em interpretar os nossos próprios governantes. A fama de esquecimento político precisa ser discutida e principalmente deixar de tratar de política como entretenimento.

 

 

Para assistir ao encontro completo: assista aqui.

Última atualização em Seg, 09 de Julho de 2018 20:10  
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