Apertando a mão de um escritor

Apertei há pouco a mão de um escritor mais antigo.
Não eram mãos comuns. Eram as mãos de um grande escritor.
Suas mãos tocaram as de Clarice. As do Nelson. Até as mãos trêmulas do Bispo do Rosário.
E tocaram as minhas, as mãos de um desconhecido.
Não era um escritor pop. Não tiramos nenhuma selfie.
Momentos assim ficam guardados
em um lugar que nem o Tempo pode tocar,
um lugar que ele reside e chama de
Inventário das Sombras.
Um escritor de verdade.

 

Diego Gianni

 
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