MOSTRAS COMPETITIVAS TRAZEM UM PANORAMA DA PRODUÇÃO MUNDIAL


MOSTRAS COMPETITIVAS TRAZEM UM PANORAMA DA PRODUÇÃO MUNDIAL
Mostra Competitiva traz o que há de mais novo na produção mundial e brasileira


Novos Olhares traz uma seleção com sete longas-metragens de diferentes partes do mundo e grande inventividade em suas propostas estéticas 


A Mostra Outros Olhares está de volta com uma seleção de curtas e longas-metragens.

O 11° Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que acontece de 1º a 9 de junho em formato híbrido, anunciou hoje os títulos selecionados para suas mostras competitivas. 

A programação das mostras apresenta uma produção mundial realizada e lançada em meio a anos conturbados. São filmes de diferentes cinematografias que refletem a realidade específica nos anos da pandemia, mas, para além disso, abordam conflitos ao redor do mundo (armados às vezes, mas também étnicos ou sociais) e trazem à reflexão questões como representatividade e visibilidade. 

Neles, muitas vezes se veem mesclados dramas individuais e familiares de cineastas e seus personagens com questões amplas de países e regiões onde suas narrativas se passam. Os filmes, então, se atravessam, unindo passado e presente, mas também projeções de possíveis futuros, apresentando um raio X bastante poderoso do estado da criação no cinema nestes anos.

A Mostra Competitiva traz nove longas-metragens, com três títulos brasileiros: “Alan”, de Diego Liboa e Daniel Lisboa, mostra Alan do Rap,  um dos precursores do Hip Hop em Salvador, que para divulgar suas músicas invadia o palco de bandas famosas que se apresentavam na cidade; “Filme Particular”, de Janaína Nagata,  traz fragmentos de um filme de família em 16mm, de procedência desconhecida, que foi encontrado por acaso e, após investigação, revelou-se  um documento atravessado por conflitos agudos sobre o contexto histórico e político da África do Sul nos anos 1960; “Paterno”, de Marcelo Lordello, traz um jovem que tem que rever suas certezas ao descobrir que seu pai teve outra família; 

Complementam a seleção o longa eslovaco “A Censora”, de Peter Kerekes, que mostra uma mulher que cumpre pena em uma penitenciária feminina em Odessa após cometer um crime passional; “Uma Noite Sem Saber Nada”, de Payal Kapadia, coprodução entre França e Índia, que traz cartas escritas por uma estudante universitária na Índia para seu amante que está fora do país. Através dessas cartas, podemos observar as mudanças que ocorrem ao seu redor; “A Ferrugem”, de Juan Sebastian Mesa, mostra um jovem que resiste e, ao contrário dos outros de sua geração, permanece no interior de seu país; O tcheco “É Preciso Uma Aldeia”, de Adam Koloman Rubansky, traz duas mulheres que são bombeiras voluntárias e vivem uma vida tranquila em uma pacífica aldeia no interior do país. Suas vidas mudam quando uma van bate em uma multidão durante uma festividade de páscoa; “Freda”, de Gessica Geneus, mostra uma garota que vive com sua família em Porto Príncipe, no Haiti. Eles sobrevivem graças a uma pequena loja, mas começam a se perguntar se devem permanecer no país após o aumento da violência; “Trio Em Mi Bemol”, de Rita Azevedo Gomez, acompanha Jorge, um cineasta que pretende fazer um filme sobre “Le Trio en Mi Bemol”, única peça de teatro escrita por Éric Rohmer.

O Brasil também marca presença na seleção de curtas-metragens, com três títulos selecionados: “Infantaria”, de Laís Santos Araújo; “Mal Di Mare”, de João Vieira Torres e “Xar – Sueño De Obsidiana”, de Edgar Calel, Fernando Pereira dos Santos. É possível conhecer outras histórias do mundo com “Constante”, de Beny Wagner, Sasha Litvintseva; “Holocausto Sagrado”, deOsi Wald, Noa Berman-Herzberg; “Invisíveis”, de Esteban Garcia Garzon; “Madrugada”, de Leonor Noivo e “Moune Ô”, de Maxime Jean-Baptiste.

A Mostra Novos Olhares traz sete  longas-metragens de diversas cinematografias e com maior radicalidade em suas propostas estéticas. Este ano, a seleção traz o brasileiro “Pele Fina“, de Arthur Lins; A coprodução entre Egito, Líbano, Alemanha “Devo Comparar-Te A Um Dia De Verão?”, de Mohammad Shawky Hassan; O sul-africano “Grace Tomada Única”, de Lindiwe Matshikiza; O canadense “Esta Casa”, de  Miryam Charles; O chinês “Jet Lag”, de Zheng Lu Xinyuan; O israelense “Kafka para Crianças”, de Roee Rosen e o russo “Verão”, de Vadim Kostrov. 

Outros Olhares mescla em sua seleção longas e curtas-metragens ainda inéditos e filmes que já possuem uma trajetória em festivais e mostras internacionais recentes. São várias propostas, estilos, linguagens e abordagens feitas em torno de uma série de extremidades que reflete o mundo atual. 

A seleção de longas traz os brasileiros “Céu Aberto”, de Elisa Pessoa, e “7 Cortes De Cabelo No Congo”, de Luciana Bezerra, Gustavo Melo, Pedro Rossi; Entre os internacionais estão “Poeta”, de Darezhan Omirbayev; “Geografias da Solidão”, de  Jacquelyn Mills; “Octopus”, de Karim Kassem; “Quente de Dia, Frio à Noite”, de Song-yeol Park; “Sem Caminho Direto Pra Casa”, de Akuol de Mabior e “Soy Libre”, de  Laure Portier.

Confira a lista completa de filmes: 

COMPETITIVA

Longas

A CENSORA (CENZORKA,Eslováquia, 2021), de Peter Kerekes, 90′

ALAN (ALAN, Brasil, 2022), deDiego Lisboa, Daniel Lisboa, 92′

UMA NOITE SEM SABER NADA (TOUTE UNE NUIT SANS SAVOIR,França, Índia, 2021), de Payal Kapadia, 96′

A FERRUGEM (LA ROYA,Colômbia, França, 2021) deJuan Sebastian Mesa, 84′

É PRECISO UMA ALDEIA (KDYBY RADŠI HOŘELO,República Tcheca, 2022), de Adam Koloman Rubansky, 85′

FILME PARTICULAR (FILME PARTICULAR, Brasil, 2022) de Janaína Nagata, 90′

FREDA (FREDA,França, Haiti, Benim, 2021), de Gessica Geneus, 93′

O TRIO EM MI BEMOL (O TRIO EM MI BEMOL,Portugal, Espanha, 2022), de Rita Azevedo Gomes, 127′

PATERNO (PATERNO, Brasil, 2021), de Marcelo Lordello, 110′

Curtas

CONSTANTE (CONSTANT, Reino Unido, Alemanha, 2022), de Beny Wagner, Sasha Litvintseva, 40′

HOLOCAUSTO SAGRADO (HOLY HOLOCAUST,Israel, 2021), de Osi Wald, Noa Berman-Herzberg, 17′

INFANTARIA (INFANTARIA, Brasil, 2022), de Laís Santos Araújo, 24′

INVISÍVEIS (INVISIBLES,Colômbia, 2022)de Esteban Garcia Garzon, 21′

MADRUGADA (MADRUGADA, Portugal, 2021), de Leonor Noivo, 28′

MAL DI MARE (MAL DI MARE, Brasil, 2021), de João Vieira Torres, 15′

MOUNE Ô (MOUNE Ô,Bélgica, Guiana Francesa, França, 2022), de Maxime Jean-Baptiste, 17′

XAR – SUEÑO DE OBSIDIANA (XAR – SUEÑO DE OBSIDIANA,Brasil, 2022), de Edgar Calel, Fernando Pereira dos Santos, 13′

NOVOS OLHARES

DEVO COMPARAR-TE A UM DIA DE VERÃO? (BASHTAALAK SA’AT,  Egito, Líbano, Alemanha, 2022), de Mohammad Shawky Hassan, 66′

GRACE TOMADA ÚNICA (ONE TAKE GRACE, África do Sul, 2021), de Lindiwe Matshikiza, 90′

ESTA CASA (CETTE MAISON,Canadá, 2022), de Miryam Charles,  75′

JET LAG (JET LAG, China, 2022), de Zheng Lu Xinyuan, 110′

KAFKA PARA CRIANÇAS (KAFKA LE-KTANIM,Israel, 2022), de Roee Rosen, 111′

PELE FINA (PELE FINA, Brasil, 2022), de Arthur Lins, 60′

VERÃO (LETO, Rússia, 2021) de Vadim Kostrov, 109′

OUTROS OLHARES

Longas

POETA (AKYN,Cazaquistão, 2021), de Darezhan Omirbayev, 105′

GEOGRAFIAS DA SOLIDÃO (GEOGRAPHIES OF SOLITUDE, Canadá, 2022), de Jacquelyn Mills, 103′

OCTOPUS (OCTOPUS,Líbano, Catar, Arábia Saudita, 2022), de Karim Kassem, 64′

QUENTE DE DIA, FRIO À NOITE (NAJENEUN DEOPGO BAMENEUN CHUPGO, Coreia do Sul, 2021), de Song-yeol Park, 90′

SEM CAMINHO DIRETO PARA CASA (NO SIMPLE WAY HOME, África do Sul, Reino Unido, 2022), de Akuol de Mabior, 85′

SOY LIBRE (SOY LIBRE, França, 2021), de Laure Portier, 78′

7 CORTES DE CABELO NO CONGO (7 CORTES DE CABELO NO CONGO, Brasil, 2022), de Luciana Bezerra, Gustavo Melo, Pedro Rossi, 90′

CÉU ABERTO (CÉU ABERTO, Brasil, 2022, de Elisa Pessoa, 95′

Curtas

A INTEMPÉRIE (LA INTEMPERIE,Venezuela, 2022, deDaniel Paz Mireles), 14′

ATÉ A LUZ VOLTAR (ATÉ A LUZ VOLTAR, Brasil, 2022), de Alana Ferreira, 23′

CINZAS DIGITAIS (DIGITAL ASHESAlemanha, Brasil, 2022), de Bruno Christofoletti Barrenha, 12′

GAROTOS INGLESES (GAROTOS INGLESESBrasil, 2022), de Marcus Curvelo, 15′

LABORATÓRIO NO. 2 ( تاقیگەی ژمارە 2, Curdistão, 2021), de Edris Abdi, Awara Omar, 16′

MAIS E MAIS DISTANTE (CHHNGAI DACH ALAI,Camboja, 2022), de Polen Ly, 24′

SE NÃO HOUVESSE LUTA (IF THERE IS NO STRUGGLE, Estados Unidos da América, 2021, de Jared Katsiane, 14′

SONATA PLÁSTICA (PLASTIC SONATA,  Cingapura, 2022), de Nelson Yeo, 30′

TOLI (TOLI, Rússia, 2021),de Diana Mashanova, 20′

Sobre o Olhar de Cinema

O Olhar de Cinema é um festival que busca destacar e celebrar o cinema independente brasileiro e mundial. São propostas estéticas inventivas, envolventes e com comprometimento temático, que abrange desde a abordagem de inquietações contemporâneas acerca do micro universo cotidiano de relacionamentos até interpretações e posicionamentos sobre política e economia mundial. 

A seleção apresenta ao público filmes que se arriscam em novas formas de linguagem cinematográfica, que estão abertos ao experimentalismo e que, ainda assim, possuem um grande potencial de comunicação com o público.

O 11º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba acontece de 1° a 9 de junho e conta com patrocínio da Sanepar, Compagas, Copel, Governo do Estado do Paraná, Uninter e Peróxidos do Brasil, apoios da Ebanx, Grupo Servopa, Tintas Verginia e apoio Cultural Projeto Paradiso. Produção Grafo Audiovisual, incentivo da Lei de Incentivo à Cultura de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura de Curitiba e realização da Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal.

SERVIÇO

11º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba

1º a 9 de junho

Locais: Cine Passeio, Cinemark Mueller, Teatro da Vila, Cinemateca de Curitiba, Museu Oscar Niemeyer

Ingressos: R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia)

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