Mostra ‘Essa é a grande volta do manto tupinambá’ estreia na Funarte Brasília em 16 de setembro


Detalhes das instalações Experimentações do manto no ambiente, de Glicéria Tupinambá; Retrato imaginário de Madalena Caramuru, inspirado em Glicéria Tupinambá, de Sophia Pinheiro; e A dança do pássaro tupinambá, de Fernanda Liberti (Imagens de cortesia dos artistas)


O Ministério do Turismo, a Secretaria Especial da Cultura e a Fundação Nacional de Artes apresentam a exposição Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá | Essa é a grande volta do manto tupinambá, a partir da próxima quinta-feira, dia 16 de setembro, às 18h. A mostra ficará exposta na Galeria Fayga Ostrower, na Funarte Brasília, Distrito Federal, até o dia 17 de outubro. A entrada é gratuita e o espaço seguirá todos os protocolos de segurança, em respeito às medidas de saúde pública. Logo após, a exposição vai para a Casa da Lenha, em Porto Seguro, na Bahia, programada para o período de 28 de outubro a 27 de novembro.
A mostra foi contemplada com o Prêmio Funarte Artes Visuais 2020/2021 e conta com obras dos artistas Edimilson de Almeida Pereira, Fernanda Liberti, Glicéria Tupinambá, Gustavo Caboco, Livia Melzi, Rogério Sganzerla e Sophia Pinheiro. A curadoria é assinada por Augustin de Tugny, Glicéria Tupinambá, Juliana Caffé e Juliana Gontijo. O trabalho integra o projeto Os artistas viajantes europeus e o caso dos mantos tupinambás nas cidades do Rio de Janeiro e Porto Seguro. Segundo os realizadores, a história dos mantos tupinambás ajuda a refletir sobre as relações dessa população, o processo de dominação colonial e a resistência.

Além das obras que compõem a exposição — como fotografias, poemas, desenhos e mantos confeccionados por uma das curadoras, Glicéria Tupinambá, em 2021 —, a mostra traz um catálogo de imagens e textos, que acompanha a história do objeto sagrado. O público vai poder apreciar e receber esse material, gratuitamente, durante a visita à mostra.

O nheengatu, língua derivada do tupi antigo, foi escolhido como idioma principal da exposição. O nheengatu (palavra que significa ‘língua boa’) foi, no século XIX, idioma comum entre várias nações indígenas da Região Amazônica. Era mais popular que o português nos Estados do Amazonas e do Pará até o ano de 1877. Atualmente, essa língua é utilizada em comunidades que se comunicam em mais de um idioma. O município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, por exemplo, tem o nheengatu como língua oficial. Utilizada entre indígenas e não indígenas, a língua foi retomada por grupos que perderam seu idioma nativo.

Sobre os mantos

Objetos sagrados para o povo Tupinambá, os mantos foram levados pelos europeus, durante o período colonial no Brasil, para integrarem coleções reais. Estudos comprovam a existência de onze desses itens cerimoniais, produzidos entre os séculos XVI e XVII, conservados em museus etnográficos europeus.

O manto que se tornou o eixo central da exposição foi confeccionado por Glicéria Tupinambá, da aldeia de Serra do Padeiro (BA), no ano de 2006. De acordo com os curadores, a artista foi conduzida a criar a peça sagrada após alguns sonhos que teve. “Mesmo que os onze mantos não tenham retornado ao Brasil e sua produção tenha adormecido por longo período, os artefatos nunca deixaram de habitar o mundo dos Encantados (entidades sobrenaturais que guiam o povo Tupinambá) e, agora, voltam a ser confeccionadas pelas mãos de Glicéria”, ressalta o grupo.

A exposição Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá | Essa é a grande volta do manto tupinambá também contará com visitas virtuais guiadas, com a participação dos curadores e intérpretes de Libras, além de uma live de lançamento do catálogo bilíngue (impresso e virtual). As datas dessas ações serão disponibilizadas nas redes sociais da Funarte e do projeto, durante o período em que a mostra ficará em cartaz.

Exposição
Kwá yapé turusú yuriri assojaba tupinambá
Essa é a grande volta do manto tupinambá

Entrada gratuita

Com obras dos artistas: Edimilson de Almeida Pereira, Fernanda Liberti, Glicéria Tupinambá, Gustavo Caboco, Livia Melzi, Rogério Sganzerla e Sophia Pinheiro

Curadores: Augustin de Tugny, Glicéria Tupinambá, Juliana Caffé e Juliana Gontijo

Brasília

Local: Galeria Fayga Ostrower – Funarte Brasília

Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural, Brasília (DF) – Entre a Torre de TV e o Centro de Convenções

Abertura para o público: 16 de setembro de 2021, quinta-feira, às 18h
 (o espaço seguirá todos os protocolos de segurança, em respeito às medidas de saúde pública)

Visitação: de 17 de setembro a 17 de outubro de 2021, de quarta-feira a domingo, das 11h às 19h

Orientações para a visitação: A entrada do público na Galeria Fayga Ostrower será limitada a 50 pessoas. Caso o limite de visitantes seja atingido, a entrada será permitida por saída de visitante; é obrigatório o uso de máscara e o cumprimento de distanciamento social de 1,5m; será realizada a aferição de temperatura na entrada e disponibilizados álcool em gel e tapete sanitizante.

Bahia

Local: Casa da Lenha
Praça Visconde de Porto Seguro, Centro, Porto Seguro (BA)

Abertura: 28 de outubro de 2021, quinta-feira, às 17h

Visitação: de 29 de outubro a 27 de novembro de 2021, de segunda à sexta-feira, das 8h às 14h

Projeto contemplado com o Prêmio Funarte Artes Visuais 2020/2021

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