Juliana Paes é capa da Revista Cidade Jardim

Em entrevista para Bruno Astuto, atriz fala sobre feminismo, como é ser sex symbol, sobre família e como detesta a síndrome de coitadismo
Juliana Paes é capa da Revista Jardim do mês de maio (Foto: Gil Inoue)

A edição de maio da Revista Cidade Jardim traz, na capa, uma das atrizes mais importantes do País, Juliana Paes, em uma entrevista sem cerimônias, e pautada por temas como chegar aos 40 e se respeitar, feminismo, redes sociais, diversidade e até sobre família e seus tempos como recepcionista bilíngue. Fotografada por Gil Inoue, a atriz vestiu peças da última coleção da Balmain, grife francesa que abre suas portas no Shopping Cidade Jardim na próxima sexta, 3 de maio.

Em um papo de duas horas com Bruno Astuto, Juliana abriu o coração sobre a diferença entre o politicamente correto e ser verdadeiro no que você acredita: “todo mundo quer levantar uma bandeira para se sentir importante, para que os outros comentem, apoiem”, diz a atriz. Sex Symbol e estrela da nova novela das nove, “A Dona do Pedaço”, Juliana diz que não quer, de forma alguma, parecer arrogante, mas que sempre usou a inteligência a seu favor, usando o o caminho do aprendizado, não o da dureza.

Poucos sabem, mas ela trabalhou como secretária bilíngue por muito tempo, antes de ser atriz, pois seu sonho sempre foi ter um diploma universitário. Formada em Publicidade e Propaganda, Juliana contou que sua família era muito pobre e que, teve que trabalhar muito para pagar os estudos.

“Vejo as pessoas reclamando muito que a vida é difícil. Ela não é simples para a maioria. Ninguém da minha família se formou. Ninguém. Minha família é muito pobre. Eu não falo muito sobre isso em entrevista, porque sempre parece o lugar do coitadismo, que eu detesto. Ninguém da minha família se formou. Queria ter um diploma, porque era muito importante para o meu pai. Trabalhei muito em muitos carnavais, como recepcionista, para pagar os estudos.”

revela Juliana Paes.

Mãe de dois meninos, Juliana acha importante falar sobre o movimento feminista e como passa isso para seus filhos. Seu livro de cabeceira sobre o assunto é o clássico “Para Educar Crianças Feministas”, de Chimamanda Ngozi Adichie, e mesmo entendendo que vivemos em um país patriarcal, chegou a hora de mudanças.

“Eu ensino meus filhos que homem chora, que homem respeita. A primavera feminista não vai morrer na praia nem vai fazer uma transformação radical. Mas a gente pode fazer com que a próxima geração faça essa transformação, leve adiante esse grande movimento”

A estrela da Globo veste Balmain, grife francesa que abre suas portas no Brasil na próxima semana (Foto: Gil Inoue)
Juliana Paes fará parte da nova novela das nove
“A Dona do Pedaço” (Foto: Gil Inoue)
Formada em publicidade a atriz Juliana Paes revela ser a única formada da família (Foto: Gil Inoue)
Em entrevista feita pelo Bruno Astuto, Juliana Paes se abre sobre o que vê diante do feminismo (Foto: Gil Inoue)

Veja um pouco da entrevista da Juliana Paes para a Revista Cidade Jardim.

JP – O que eu tenho percebido é que existe uma busca muito grande pelo politicamente correto, pelo agir corretamente. Mas as pessoas estão esquecendo que, talvez, o grande poder político é você conseguir apreciar e amar os outros independentemente das suas posturas políticas, das suas causas. Acho que é esse o grande desafio social, porque todo mundo quer levantar uma bandeira para se sentir importante, para que os outros comentem, apoiem.

JP – Supor que você precisa colocar para o mundo inteiro as suas opiniões sobre tudo é uma armadilha do ego e da vaidade. Por que tenho que entender de tudo, falar sobre tudo, emitir meu parecer sobre tudo? Eu quero me dar o luxo de ter opiniões guardadas só para mim, para o meu marido, para minha família.

JP – Vejo as pessoas reclamando muito que a vida é difícil. Ela não é simples para a maioria. Ninguém da minha família se formou, Bruno. Ninguém. Minha família é muito pobre. Eu não falo muito sobre isso em entrevista, porque sempre parece o lugar do coitadismo, que eu detesto. Ninguém da minha família se formou. Queria ter um diploma, porque era muito importante para o meu pai. Trabalhei muito em muitos carnavais, como recepcionista, para pagar os estudos.

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