Elefante listrado, vaca pintada e rinoceronte com manchas? Inusitadas criaturas invadem Curitiba para alertar sobre os riscos do câncer de pele

Vaconçazebrafante e rinocemata. A mistura de animais que deu origem a essas inusitadas espécies que invadiram a cidade não é normal, assim como ter manchas, pintas, sardas e sinais na pele também não é. A divertida criação faz parte da nova campanha da Unimed Curitiba que será lançada neste sábado (11), no Museu Oscar Niemeyer (MON), e busca conscientizar e prevenir algo que passa longe de ser brincadeira: o câncer de pele.

Os animais, representados por meio de esculturas gigantes, estarão expostos no Parcão, área externa que fica atrás do MON. A visitação é gratuita e aberta ao público que, além de tirar fotos com as criações do artista Will Batista, entenderá de uma forma lúdica sobre os sinais que podem aparecer na pele e representar risco de câncer.

A inspiração surgiu a partir da análise das pintinhas – aparentemente comuns –  de alguns animais. “As pessoas nem sempre conseguem compreender que se alguma mancha começar a se destacar das outras pelo formato, tamanho ou cor, ela precisa ser avaliada. Para impactar a população e focar na prevenção, pensamos em algo bem diferente, partindo do mote de que #TodaManchaMereceAtenção”, explica Valéria Lopes, supervisora de Marketing da Unimed Curitiba.

A campanha foi criada pela Bronx e a exposição segue até o dia 10 de fevereiro. Além do MON, os animais também devem circular por outros locais de Curitiba, Região Metropolitana e no litoral. 

Câncer de Pele no Brasil

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% dos casos de câncer no Brasil são de pele. Entre os sintomas da doença estão o aparecimento e crescimento de manchas na pele, que também podem gerar coceiras e sangramentos, além de pintas com formato irregular.

Segundo José Roberto Toshio Shibue, médico cooperado especialista em dermatologia, a doença se desenvolve a partir do crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. “A própria Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta que a radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento de tumores cutâneos e a maioria dos casos está associada à exposição excessiva ao sol ou ao uso de câmaras de bronzeamento”, reforça.

Os três tipos de câncer de pele mais comuns são o carcinoma basocelular, carcinoma de células escamosas e o melanoma. Apesar do grande número de casos, o câncer de pele não melanoma tem baixa taxa de mortalidade e pode ser curado se detectado precocemente. Por isso, é necessário procurar imediatamente um dermatologista caso perceba pintas ou sinais suspeitos.

E como nem toda mancha é facilmente identificada, o especialista alerta que a melhor forma de prevenção ainda é o uso do filtro solar, mesmo em ambientes fechados. E ao notar qualquer sinal diferente na pele, procurar imediatamente um especialista para a avaliação.

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