Arritmias cardíacas: especialista do HCor dá dicas de como regular as batidas do seu coração


Doença atinge mais de 20 milhões de brasileiros e pode causar morte súbita e derrames

Durante o dia ou à noite. Quando estamos ao lado de quem amamos ou quando estamos preocupados. Durante um teste ou uma atividade física. Nosso coração bate incessantemente e, em determinados momentos, o ritmo pode se tornar irregular, muito lento ou muito rápido.

Caracterizadas pelo batimento desordenado do coração, que alteram tanto a frequência quanto o ritmo cardíaco, as arritmias atingem mais de 20 milhões de brasileiros e causam mais de 300 mil mortes súbitas ao ano no país, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).

De acordo com o Prof. José Carlos Pachón, cardiologista responsável pelo serviço de arritmia do HCor, em alguns casos, é comum sentir o coração bater mais forte em condições normais. No entanto, quando isso acontece em situações corriqueiras, durante o repouso ou ainda quando causa sintomas, é preciso procurar atendimento médico.

“A frequência cardíaca de uma pessoa varia ao longo de um mesmo dia, em virtude de diversos fatores, como alimentação, sono, medicamentos, atividades física ou mental, expectativa e até por crises de ansiedade. A quantidade normal de batimentos é de 50 a 90 batimentos por minuto (bpm)”, explica o cardiologista.

O especialista ressalta que evitar as arritmias ainda é a melhor maneira de impedir morte súbita ou derrames causados pela doença. Mas, como prevenir o distúrbio e manter o coração no ritmo?

Segundo Pachón, as dicas envolvem hábitos mais saudáveis, tais como: reduzir o estresse, ter uma alimentação balanceada, controlar o peso, não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas e de energéticos, não fumar e praticar atividades físicas regularmente. Além disso, dar atenção à saúde emocional e consultar um cardiologista para realizar exames preventivos, principalmente antes de dar início à prática de exercícios físicos, são medidas fundamentais.

“Se a doença for diagnosticada, o médico pode indicar mudanças de hábitos de vida, o uso de medicamentos, ou tratamento definitivo através de cateter (ablação, procedimento que não precisa de cirurgia) ou do implante de marca-passo. Atualmente, todas as arritmias têm tratamento com excelentes resultados”, esclarece.

Sobre o Serviço de Arritmias do HCor

O Serviço de Arritmias do HCor abrange o tratamento de todas as arritmias, tanto das bradiarritmias (condições em que o coração fica lento) como das taquiarritmias (condições em que o coração fica anormalmente acelerado). Foi um dos primeiros centros da América a utilizar a ablação por radiofrequência termo-controlada por computador, a maneira mais avançada e segura de tratamento definitivo das arritmias sem cirurgia, e o criador e responsável pela implantação da Telemedicina do HCor, em parceria com o Ministério da Saúde.

Os profissionais da área possuem grande experiência no diagnóstico e prevenção da morte súbita e no tratamento de arritmias em todas as idades, desde a vida intrauterina, nas crianças, nos jovens e na terceira idade.

A infraestrutura conta com as tecnologias mais inovadoras, incluindo o mapeamento computadorizado eletroanatômico, a navegação eletromagnética, a radiofrequência e a crioablação. Além dos modernos marcapassos, ressincronizadores e desfibriladores, o serviço é pioneiro e trabalhou no desenvolvimento da estimulação do feixe de His que deu origem ao marcapasso Hissiano, a forma revolucionária de estimulação cardíaca moderna.

*foto ilustrativa Wikipedia

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